A RENÚNCIA DE SI PELA CONFISSÃO E PELA OBDIÊNCIA NA DIREÇÃO ESPIRITUAL: O ASCETISMO MONÁSTICO EM VIRGEU DE CONSOLAÇON

Autores

  • Bruna Plath Furtado Universidade Estadual de Maringá
  • Roselene Fátima Coito Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

cuidado de si ascético-monástico. Direção espiritual. Confissão. Obediência.

Resumo

Este trabalho desenvolve um estudo acerca da confissão e da obediência no discurso ascético-monástico cristão que recuperamos na obra Virgeu de consolaçon, manuscrito português cuja cópia, conforme Veiga (1959), data do início do século XV. Para tanto, utilizamos, sobretudo, o conceito de direção espiritual apresentado por Foucault (2019), na História da Sexualidade IV: as confissões da carne. Nesse sentido, evidenciamos como o deixar-se dirigir constitui para o monge a única forma de acessar a verdade e, por isso, reestabelecer com Deus uma relação primordialmente quebrada visto que, pela compreensão a que o mito judaico-cristão é submetido, o primeiro homem não apenas desobedeceu a Deus, deixando prevalecer os vícios da alma, como tentou esconder dele sua desobediência, demarcando à sua descendência, pela escolha do viver em conformidade consigo mesmo, o que definimos, a partir de Agostinho (2000), como viver segundo a carne em oposição ao viver segundo o espírito.

Biografia do Autor

Roselene Fátima Coito, Universidade Estadual de Maringá

Professora do Programa de Pós-graduação em Letras

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Publicado

28-10-2021

Como Citar

Furtado, B. P., & Coito, R. F. (2021). A RENÚNCIA DE SI PELA CONFISSÃO E PELA OBDIÊNCIA NA DIREÇÃO ESPIRITUAL: O ASCETISMO MONÁSTICO EM VIRGEU DE CONSOLAÇON. Revista Interfaces, 88–102. Recuperado de https://revistas3.unicentro.br/index.php/revista_interfaces/article/view/6992

Edição

Seção

Artigos