Utilização do resíduo de peixe como substrato na germinação de alface
DOI:
https://doi.org/10.5935/PAeT.V12.N3.10Palavras-chave:
Lactuca sativa L., peixe, compostagem, silagemResumo
A cadeia produtiva do pescado gera resíduos sólidos que são descartados de forma inadequada comprometendo o meio ambiente, assim, objetivou-se neste trabalho avaliar a utilização da compostagem e silagem elaborada com resíduo de peixe como substrato na germinação de alface. Os resíduos de peixe obtidos no mercado municipal do município de Bragança – PA foram decompostos em compostagem e na fabricação da silagem biológica sendo, posteriormente, utilizados como substratos na germinação de alface cv. Mônica. O semeio foi realizado utilizando três sementes por célula em bandejas de 200 células utilizando como substratos: S1 (controle), S2 (compostagem de peixe), S3 (compostagem de peixe + silagem de peixe), S4 (controle + compostagem de peixe), S5 (controle + silagem de peixe). O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados (DBC) com cinco tratamentos e quatro repetições de 50 sementes. Ao longo de 25 dias avaliou-se porcentagem e o índice de velocidade de germinação e, ao final deste período o vigor das plântulas, comprimento da parte aérea e da raíz e massa fresca e seca da parte aérea e raíz. O substrato S2 (compostagem de peixe) conferiu maior porcentagem de germinação (93,2%), velocidade de germinação (9,1), vigor das plântulas (91,3%), na massa fresca da parte aérea (0,43 g) e da raíz (0,18 g) diferindo significativamente (p<0,05) dos demais substratos. A adição da compostagem e da silagem biológica conferiu melhores resultados sobre a germinação e vigor das plântulas quando comparados ao substrato S1 (controle). Deste modo, o resíduo de peixe é uma alternativa viável para ser utilizada como substrato na germinação e na formação de mudas de alface.
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