APLICAÇÃO DE ÁCIDO SALICÍLICO NA PÓS-COLHEITA DE FOLHAS DE COUVE MANTEIGA
DOI:
https://doi.org/10.5935/PAeT.V7.N3.03Palavras-chave:
Brassica oleracea, folhosas, hortaliças, senescência.Resumo
Considerando à escassez de trabalhos relacionados a pós-colheita de couve manteiga e a inexistência de avaliação com indutores de resistência na espécie, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o efeito do ácido salicílico na pós-colheita de couve manteiga sobre as variáveis físico-químicas e bioquímicas. O experimento foi conduzido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos. Foram utilizados cinco tratamentos em delineamento inteiramente ao acaso. Os tratamentos consistiram no uso de solução com quatro concentrações de ácido salicílico (0,5; 1,0; 1,5; e 2,0 mM) e a testemunha (água destilada), em quatro repetições de oito folhas. Após a colheita, seleção e padronização das amostras, as bases das folhas de couve manteiga foram imersas nas soluções com os diferentes tratamentos, durante dez minutos. As folhas foram mantidas em incubadora B.O.D., durante 192 horas, à temperatura de 8ºC. As variáveis utilizadas para avaliação do experimento foram a perda de massa da matéria fresca, podridões, teor de vitamina C, clorofilas, fenóis totais, proteínas totais e atividade das enzimas peroxidases e fenilalanina amônia-liase (FAL). A aplicação de AS manteve os teores de proteínas e fenóis totais em níveis mais elevados, bem como interferiu na atividade das peroxidases e FAL. Os tratamentos não apresentaram efeito sobre a perda de massa da matéria fresca, o teor de vitamina C, clorofilas e podridões.
Referências
ADOLOFO LUTZ. Normas Análiticas do instituto Adolfo Lutz: V. 1, Métodos Químicos e Fisicos para Análises de Alimentos.3.ed. SãoPaulo:IMESP,1985.p,394-395.
ALTVORST, A.C.; BOVY, A.G.; The role of ethylene in the senescence of carnation flowers: a review. Plant Growth Regulation, New York, v. 16, p. 45-53, Jan. 1995.
BEZERRA, A. P. L.; VIEIRA, A. V.; VASCONCELOS, A. A.; ANDRADE, A. P. S.; INNECCO, R.; MATTOS, S. H. Desempenho de plântulas de couve (Brassica oleracea var. Acephala) tratadas com cera de carnaúba hidrolisada. Horticultura Brasileira, v. 23. p. 395, 2005.
BIELESKI, R.L.; TURNER, N.A.; Separation and estimation of amino acids in crude plant extracts by thin-layer electrophoresis and chomatograghy. Analitycal Biochemistry. Orlando, v. 17, p. 278-293, 1966. DOI 10.1016/0003-2697(66)90206-5.
BRADFORD, M.M. A rapid and sensitive method for the quantification of microgram quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Analitycal Biochemistry, Orlando, v.72, p.248-254, 1976.DOI 10.1016/0003-2697(76)90527-3.
CAMPOS, A. D.; Considerações sobre indução de resistência a patógenos em plantas. Documentos / Embrapa. 28 p., Documentos, 264; ISSN 1516-8840. Embrapa Clima Temperado, Pelotas 2009.
CHET, I. Biotechnology in plant disease control. 373p. New York: Wiley-Liss, 1993.
FILGUEIRA, F. A. R.; Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças.Viçosa: UFV, 2003, 402 p.
GRÜNER, R.; STROMPEN, G.; PFITZNER, A.P.; PFITZNER, U.M. Salicylic acid and the hypersensitive response initiate distinct signal transduction pathways in tobacco that converge on the as-1-like element of the PR-1apromoter. European Journal of Biochemistry, v.270, p.4876-4886, 2003.
HAMMERSCHMIDT, R.; MÉTRAUX, J. P.; VAN LOON, L. C. Inducing resistance: a summary of papers presented at the first international symposium on induced resistance to plant diseases, Carfu, May 2000. European Journal of Plant Pathology, Dordrecht, v. 107, p. 1-6, 2001.
IMRAN, H.; ZHANG, Y.; DU, G.; WANG, G.; ZHANG, J. Effect of Salicylic Acid (SA) on delaying fruit senescence of Huang Kum pear. Frontiers of Agriculture in China, v. 1, n. 4, p. 456-459. 2007. DOI 10.1007/s11703-007-0075-y.
JALALI, B.L.; BHARGAVA, S.; KAMBLE, A. Signal transduction and transcriptional regulation of plant defense responses. Journal of Phytopathology, v.154, p.65-74, 2006.
KESMANN, H. STAUB, T: HOFMANN, C: MAETZKE,T: HERZOG J: WARD E UKNES, S: RYALS, J Inducyion os systemic acquired resistece in plants by chemicals. Annual Review Phytopathology. p. 439-459. 1997. DOI: 10.1146/annurev. py. 32.090194.002255.
KUHN, O. J. Indução de resistência em feijoeiro (Phaseolus vulgaris) por acibenzolar-S-metil e Bacillus cereus: aspectos fisiológiocs, bioquímicos e parâmetros de crescimento e produção. Piracicaba, 2007, 140p. Tese de doutorado. Escola Superior de Agricultura. “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.
JENNINGS, A. C.; The determination al dihydroxy phenolic compounds in extracts of plant tissues. Analitycal Biochemistry. Orlando, v. 118, p. 396-398, 1991.
MATSUNO, H.; URITANI, I. Physiological behavior of peroxidase isozymes in sweet potato root tissue injured by cutting or with black rot. Plant and Cell Physiology, Tokio, v.23, p.1091-1101, 1972.
MARTINEZ, C.; BACCOU, J. –C.; BRESSON, E.; BAISSAC, Y.; DANIEL, J. –F.; JALLOUL, A.; MONTILLET, J. –L.; GEIGER, J. –P.; ASSIGBETSÉ, K.; NICOLE, M. Salicylic acid mediated by the oxidative burst is a key molecule in local and systemic responses of cotton challenged by an avirulent race of Xanthomonas campestris pv malvacerum. Plant Physiology, Bethesda, v. 122, p. 757-766, 2000.
NEPA/UNICAMP. Tabela brasileira de composição de alimentos – TACO. Versão 2. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/ taco>. Acesso em: 04 Nov. 2013.
NUNES, J. M.; PINHATTI, A. V.; POSER, G. L. V.; RECH, S. B.; Influência da elicitação com ácido salicílico na produção de compostos fenólicos em plantas aclimatizadas de hypericum polyanthemum klotzsch ex reichardt.Salão de Iniciação Científica (20: 2008 out. 20-24: Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2008.
ROSS, A.F.; Systemic acquired resistance induced by localized virus infections in plants. Virology, San Diego, v.14, p. 340-358, 1961.
RYALS, J.; UKNES, S.; WARD, E. Systemic acquired resistance. Plant Physiology, Bethesda, v. 104, p. 1109-1112, 1994.
SILVA, F.A.S.; AZEVEDO, C.A.V.; Principal Components Analysis in the Software Assistat-Statistical Attendance. In: World congress on computers in agriculture, 7, Reno-NV-USA: American Society of Agricultural and Biological Engineers, 2009.
SPLETZER, M. E.; ENYEDI, A. J. Salicylic acid induces resistance to Alternaria solani in hydroponically grown tomato. Phytopathology, St. Paul, v. 89, p. 722 – 727, 1999. DOI 10.1094/PHYTO.1999.89.9.722.
STADNIK, M. Indução de resistência a oídios. In: CONGRESSO PAULISTA DE FITOPATOLOGIA, Campinas.Anais do Congresso Paulista de Fitopatologia, v. 23, p. 176-181. 2000.
STRACK, D. Phenolic metabolism. In: DEY, P. M., HARBORNE, J. B. (Ed.). Plant Biochemistry. London: Academic Press, p. 387-416. 1997.
VERNOOIJ, B.; UKNES, S.; WARD, E.; RYALS, J. Salicylic acid as a signal molecule in plant-pathogen interactions. Current Opinion in Cell Biology, Danvers, v. 6, p. 275-279, 1994.
VIEIRA, R. S. I. R. Sistema de informação rural. Associação de agricultores da madeira portugal, 2006. Disponível em: http:// w.sirmadeira.org/epages/sir.sf/pt_pt/. Acessado em Outubro de 2013.
WEBER, D.; JONES, E.; BESKOW, T. G.; BARBOSA, M. M.; SAAVEDRA, J.; FACHINELLO, J. C.; Ácido salicílico e refrigeração na conservação de maracujás.Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha Vol 13(2):123-129. Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C. Hermosillo, México, 2012.ISSN 1665-0204.
YALPANI, N.; SILVERMAN, P.; WILSON, M. A; KLEIER, D. A; RASKIN, I. Salicylic acid is a systemic signal and an inducer of pathogenesis related proteins in virus-infected tobacco. Plant cell, Rockville, v. 3, p. 809-818, 1991.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- A veracidade das informações e a autoria de todo o conteúdo apresentado nos artigos é de responsabilidade do(s) autor(es). Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).