Atualização da hidrografia e estudo das áreas de preservação permanente utilizando produtos de sensoriamento remoto de alta resolução espacial

Autores

  • Edson Luís Piroli Universidade Estadual Paulista
  • Juliana Marina Zanata Universidade Estadual Paulista – UNESP

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V7.N1.01

Palavras-chave:

satélite, geoprocessamento, áreas de preservação permanente, imagens ALOS

Resumo

As Áreas de Preservação Permanente (APP) tem sido o centro do debate relativo às mudanças propostas no Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771/65). Estas são importantes para a proteção dos corpos d´água e demais recursos naturais. No entanto, tem tido suas dimensões discutidas devido a possíveis impactos nas atividades sócio-econômicas. Devido a esta importância, sua determinação e representação, dependem de bases de dados atuais e precisas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a representação da hidrografia disponível nas cartas topográficas nas escalas 1:50.000 e 1:250.000, disponibilizadas pelo IBGE, comparando-a com a identificada nas imagens do sensor PRISM (Panchromatic Remote-sensing Instrument for Stereo Mapping) instalado no satélite japonês ALOS (Advanced Land Observing Satellite). O estudo foi desenvolvido a partir da edição de vetores e geração dos buffers das APP, com o uso de sistemas de informações geográficas. Verificou-se importante discrepância entre o número de nascentes e córregos representados nas cartas topográficas da área de estudo e aquele identificado usando as imagens do sensor utilizado, o que implica nas dimensões das APP. Verificou-se ainda que as imagens usadas no presente estudo permitiram identificação adequada dos limites das APP, bem como do seu uso e ocupação.

Biografia do Autor

Edson Luís Piroli, Universidade Estadual Paulista

Professor das disciplinas de Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto, Interpretação de Fotografias Aéreas e Planejamento de Microbacias Hidrográficas (Pós-Graduação)

Juliana Marina Zanata, Universidade Estadual Paulista – UNESP

Aluna do Programa dePós-Graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista

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Publicado

03-07-2014

Edição

Seção

Artigos