Virulência de Sclerotinia sclerotiorum ao feijoeiro comum utilizando o método de inoculação nas axilas foliares

Autores

  • Eder Marques Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Pós-Doutorando)/Universidade de Brasília (Pesquisador Associado)
  • Irene Martins Analista A, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
  • Sueli Corrêa Marques de Mello Pesquisadora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V8.N1.09

Palavras-chave:

Mofo-branco, Phaseolus vulgaris L., variedade BRS Estilo

Resumo

Considerado como uma das doenças mais importantes para o feijão comum (Phaseolus vulgaris L.), o mofo branco causado por Sclerotinia sclerotiorum (LIB. DE BARY), Ss, é tema de estudos em várias partes do mundo. O presente trabalho objetivou utilizar o método de inoculação das axilas foliares para avaliar a virulência de três isolados de Ss a plântulas de feijoeiro comum, em casa de vegetação. A severidade da doença foi avaliada com auxílio de escala de notas de 1-9, baseada no comprimento das lesões observadas, sete dias após a inoculação do fungo. A análise conjunta dos dados revelou que os isolados CEN1147 e CEN969 foram os mais virulentos. Os resultados obtidos neste trabalho permitiram selecionar isolados com bons níveis de patogenicidade para uso em experimentos que visam controlar o mofo branco na cultura do feijoeiro. Entretanto, devido à alta variação no comprimento das lesões observadas, o método de inoculação nas axilas foliares e a escala de notas empregada não foram considerados adequados na avaliação da virulência dos isolados do patógeno em questão.

Biografia do Autor

Eder Marques, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Pós-Doutorando)/Universidade de Brasília (Pesquisador Associado)

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Brasília (2004), mestrado (2007) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2012). Foi Professor Substituto no período de 2012 a 2013, lecionando parte das seguintes disciplinas de graduação: Microrganismos Fitopatogênicos, Pesquisa em Bacteriologia Vegetal, Fitopatologia Geral e Patologia Florestal. Atualmente, encontra-se em estágio Pós-Doutoral na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Laboratório de Fitopatologia) e atua como Pesquisador Colaborador Pleno no Departamento de Fitopatologia (UnB), ministrando disciplinas e desenvolvendo pesquisa. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: prospecção de bactérias e fungos para controle biológico, tolerância de bactérias a cobre, caracterização molecular e bioquímica de microrganismos, promoção do crescimento de plantas e possui noções básicas nas técnicas de HPLC e Maldi-TOF

Irene Martins, Analista A, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Possui Mestrado em Ciências agrárias (2006) pela Universidade de Brasília. Graduação em Ciências Biológicas pelo Centro de Ensino Universitário de Brasília (1998) e Graduação em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Brasília (1989) Atualmente é analista A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Micologia, atuando principalmente nos seguintes temas: fungos entomopatogênicos e fitopatogenicos, Dicyma pulvinata, Trichoderma spp e coleções de cultura microbianas.

Sueli Corrêa Marques de Mello, Pesquisadora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Brasília, mestrado em Ciências Biológicas com concentração em Fitopatologia e doutorado em Fitopatologia, também pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e colabora no Curso de Pós-Graduação em Fitopatologia da UnB, como professora, orientadora de Mestrado e Doutorado. Tem experiência na área de agronomia, em pesquisa e assistência técnica a agricultores, no diagnóstico e controle de pragas e doenças. Na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (CENARGEN), desenvolve pesquisa em recursos genéticos microbianos e controle biológico. Responde pelo Banco de Recursos Genéticos Microbianos do CENARGEN, junto ao Conselho de Patrimônio Genético (CGEN). É representante do Brasil frente ao Grupo de Microrganismos da Rede de Recursos Genéticos dos Países do Cone Sul (Regensur-Procisur). 

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Publicado

29-06-2016

Edição

Seção

Nota Técnica