Caracterização físico-química e sensorial de cultivares de tomate de mesa
DOI:
https://doi.org/10.5935/PAeT.V11.N3.01Palavras-chave:
Lycopersicum esculentum Mill. pós-colheita. comercialização.Resumo
O objetivo deste trabalho foi caracterizar físico-química e sensorialmente a qualidade pós-colheita de três cultivares de tomate de mesa comercializadas no mercado local de Altamira-PA com o intuito de identificar qual cultivar apresenta as menores alterações fisiológicas e melhores condições de consumo ao longo do tempo de armazenamento. Os parâmetros físico-químicos analisados foram: perda de massa fresca, sólidos solúveis totais, acidez total titulável, pH, relação SST/ATT e análise sensorial sobre os atributos firmeza, coloração da casca, qualidade geral e incidência de podridões. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado sob um arranjo fatorial 5x3 (dias de armazenamento x cultivares) com quatro repetições. Com exceção da variável podridão, todas as variáveis analisadas apontaram efeito significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade na interação dos fatores dias de armazenamento e cultivares. De modo geral pode-se observar que as cultivares avaliadas apresentam ligeiras diferenças na sua constituição físico-química e sensorial que comprometem sua qualidade e vida útil. As alterações fisiológicas de maior expressividade foram obtidas pelos frutos da cultivar Santa Adélia a qual sugere-se um consumo e comercialização em poucos dias dada a baixa tolerância ao armazenamento na condição de temperatura ambiente. Os frutos da cultivar TY mostraram-se resistente as alterações físico-químicas e sensoriais induzidas pelo amadurecimento sendo, portanto, recomendados para a comercialização e consumo. A análise de componentes principais ratifica esse efeito, correlacionando um número maior de variáveis a cultivar TY e nenhuma a cultivar Santa Adélia.Referências
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