ESPELHO E REFLEXO DA VIRILIDADE: MODOS DE SUBJETIVAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER EM “ONDE NASCEM OS FORTES”

Autores

Palavras-chave:

Discurso televisivo. Técnicas de si. Virilidade. Dispositivo.

Resumo

O dispositivo virilidade tem dado “visibilidade” e “enunciabilidade” (DELEUZE, 1990) a modos outros de subjetivação do homem e da mulher na mídia. Sob tal temática e adotando a perspectiva dos estudos discursivos foucaultianos, o objetivo deste estudo é compreender o modo como a “tecnologia do eu” é agenciada pela supersérie Onde nascem os fortes (2018), exibida pela TV Globo, na qual o sujeito homem confessa a si mesmo a partir do que aprendeu com o sujeito mulher, revelando “novos” modos de ser e de estar na cultura mediante a urgência histórica da igualdade de gênero. Os resultados revelam que a (sub)versão de papéis de gêneros organizados pelo dispositivo virilidade faz reconhecer a mulher como um sujeito de coragem e de justiça e, nesse processo, convoca a homem a tomá-la como espelho para formulação de sua própria virilidade.

Biografia do Autor

Tacia Rocha, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutoranda e mestra em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduanda em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER). Graduada em Letras, habilitação em português e inglês, pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (atual UNESPAR). Participa do Grupo de Estudos em Análise do Discurso da UEM (GEDUEM/CNPq). Docente nos cursos de graduação em Jornalismo e Publicidade e Propaganda e tutora na modalidade semipresencial, ambos na Faculdade Metropolitana de Maringá (FAMMA). Ainda nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, integra o Núcleo Docente Estruturante e Colegiado e coordena o projeto de extensão Festival de Vídeo. Possui MBA em Gestão de marketing e mídias sociais e experiência no mercado de comunicação. Pesquisa e se interessa pelos seguintes temas: Discurso, Mídias, Novas tecnologias, Comunicação, Estudos Culturais, Estudos Pós-coloniais, Estudos Feministas, Identidade. 

Ismara Tasso, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

É doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (2003), com estágio pós-doutoral na Unicamp (2012); mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997) e graduada em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Jandaia do Sul (1975). Desenvolve pesquisas na área de Estudos Linguísticos sobre o funcionamento discursivo em materialidades imagéticas e linguísticas, inscritas no social e no político, campos nos quais se estabelecem intersecções da ordem do corpo, da língua, da história, da memória e das tecnologias, sob os pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa e de seus desdobramentos no Brasil; da Semiótica peirceana e da Linguística. Sob tal envergadura e dispositivos, busca apreender, compreender e explicitar processos de subjetivação, de objetivação e de governabilidade das populações à margem da sociedade e minoritárias. O percurso empreendido tem por foco séries enunciativas cujas condições de existência tratem de: identidades; inclusão/exclusão; diversidade cultural, étnica, práticas discursivas e de leitura de diferentes materialidades; Português como língua adicional/estrangeira; imagem e(m)discurso. Lidera na UEM o Grupo de Pesquisa (CNPq) GEDUEM - Grupo de Estudos em Análise do Discurso da UEM e integra o Grupos de Pesquisa (CNPq) GEF ? Grupo de Estudos Foucaultianos da UEM. 

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Publicado

21-11-2019

Como Citar

Rocha, T., & Tasso, I. (2019). ESPELHO E REFLEXO DA VIRILIDADE: MODOS DE SUBJETIVAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER EM “ONDE NASCEM OS FORTES”. Revista Interfaces, 10(3), 33–46. Recuperado de https://revistas3.unicentro.br/index.php/revista_interfaces/article/view/6230

Edição

Seção

Artigos