Política de autores e morte do homem: Notas para uma genealogia da crítica cinematográfica

Autores

  • Eduardo Pellejero UFRN

Palavras-chave:

Autoria, crítica cinematográfica, Cahiers du cinema, cânone

Resumo

Da provocativa canonização de alguns diretores norte-americanos pelos Cahiers du Cinéma à intervenção forense do estruturalismo triunfante dos anos sessenta, é curioso constatar que praticamente tudo o que touca a figura do autor é polêmico. A diversidade de pontos de vista sobre o autor implica uma espécie de guerra de linguagens, na ausência, não só de uma teoria definida, mas inclusive de uma retórica consensual. O presente artigo procura assinalar alguns elementos imprescindíveis para estabelecer a genealogia dessa história recente; tenta reconstruir o fundamental dessa disputa a partir de um corpus parcial, mas não arbitrário, composto na sua maior parte por textos da crítica cinematográfica da época. O resultado é, menos um diagnóstico fechado da situação crítica atual e da sua história imediata, que a abertura ou a recapitulação de algumas perspectivas que poderiam constituir hipóteses de trabalho fecundas. Um conjunto – para retomar a fórmula de Mallarmé popularizada por Derrida – sem outra novidade que um espaçamento da leitura.

Biografia do Autor

Eduardo Pellejero, UFRN

Doutor em Filosofia Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal, 2006). Professor de Estética do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Publicado

20-12-2011

Como Citar

Pellejero, E. (2011). Política de autores e morte do homem: Notas para uma genealogia da crítica cinematográfica. Revista Interfaces, 2(1), 69–85. Recuperado de https://revistas3.unicentro.br/index.php/revista_interfaces/article/view/1274