Desempenho da plantabilidade de semeadoras pneumática na implantação da cultura da soja no cerrado piauiense - Brasil

Autores

  • Guilherme Augusto Bertelli Unicentro-PR
  • Sidnei Osmar Jadoski Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Guarapuava-PR
  • Murilo da Luz Dolato INSOLO
  • Leandro Rampim Unicentro-PR
  • Marcio Furlan Maggi Unioeste-PR

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V9.N1.10

Palavras-chave:

Glycine max, implantação da soja, dosador de semente, distribuição de sementes, população de plantas, estande de plantas

Resumo

A identificação de velocidade limite para realizar a semeadura é importante para aproveitar as máquinas com sistema pneumático, mas também é necessário manter plantabilidade adequada. Diante desta problemática, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho da plantabilidade de semeadoras pneumática na implantação da cultura da soja no cerrado piauiense. O trabalho foi desenvolvido no município de Baixa Grande do Ribeiro, sul do estado do Piauí. O experimento foi organizado em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com arranjo fatorial (2x4), com três repetições. Sendo assim, o primeiro fator foi composto pelos modelos de semeadoras John Deere® (BT2117 e DB740) e o segundo fator, quatro velocidades de deslocamento das semeadoras durante a operação (V1 = 5,6 km h-1, V2 = 7,0 km h-1, V3 = 8,6 km h-1 e V4 = 10,0 km h-1). A plantabilidade foi avaliada através da verificação do número de plantas/sementes distribuídos com as semeadoras, uniformidade de plantio, espaçamento aceitável, falho e duplo entre plantas. Na semeadora John Deere® modelo 2117, com aumento da velocidade de semeadura de 5,6 km h-1 para 10,0 km h-1, o número de plantas por metro linear fica próximo ao estabelecido na regulagem da máquina. Já para a semeadora John Deere® modelo DB74, o valor de número de plantas fica abaixo do esperado, com média de 8,76 plantas m-1, (resultado de possível falha na regulagem/calibração da máquina antes de instalar o experimento). Para ambas as semeadoras, a percentagem de espaçamentos aceitáveis diminui conforme aumenta-se a velocidade de deslocamento, e os espaçamentos falhos aumentam com incremento na velocidade, consequentemente reduz a uniformidade de plantio.

Biografia do Autor

Guilherme Augusto Bertelli, Unicentro-PR

Acadêmico Agronomia - Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, campus Cedeteg, Setor de Ciências Agrárias e Ambientais, Departamento de Agronomia, Guarapuava/PR, Rua Simeão Varela de Sá, 03 - Vila Carli, CEP: 85040-080   Email: guilhermeb@yahoo.com

Sidnei Osmar Jadoski, Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, Guarapuava-PR

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria (1999), doutorado em Agronomia (Irrigação e Drenagem) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Botucatu-SP (2002) e pós-doutorado pela Universidad de Almería - Espanha (2011-12). Foi Professor de Ensino Superior nas Fundações FREA e FACCAA de Avaré-SP e da Universidade do Oeste Paulista - Unoeste de Presidente Prudente-SP. Atualmente é Professor Associado da UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE do Paraná na área de Climatologia e Engenharia de Água e Solo. Como pesquisador desenvolve atividades nas áreas de Agronomia e Engenharia Agrícola, com ênfase em Manejo da irrigação e Agrometeorologia e linha de pesquisa em Manejo de Culturas Irrigadas e Prevenção à Contaminação dos Recursos Hídricos. (Texto informado pelo autor).

Curriculo Lattes

Murilo da Luz Dolato, INSOLO

Engenheiro Agrônomo, responsável pela área técnica de gerenciamento da unidade de produção Galiléia Agroindustrial - Empresa Insolo Agroindustrial. dolato@insolo.ciom.br

Leandro Rampim, Unicentro-PR

Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto, Depto Agronomia - Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO, campus Cedeteg. Guarapuava/PR, Rua Simeão Varela de Sá, 03 - Vila Carli, CEP: 85040-080, rampimleandro@yahoo.com.br

Marcio Furlan Maggi, Unioeste-PR

Professor Adjunto, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Cascavel, PR, e-mail marcio.maggi@unioeste.br

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Publicado

29-06-2016

Edição

Seção

Artigos