Avaliação agronômica de clones de batata doce com potencial para produção de etanol

Autores

  • Afonso Duarte Vieira Instituto Federal de Educação Ciência e tecnologia- Campus de Porto Nacional.
  • Valdilene Coutinho Miranda Universidade Federal do Tocantins
  • Anatércia Ferreira Alves Universidade Federal do Tocantins
  • Aline Torquato Tavares Universidade Federal do Tocantins
  • Valéria Gomes Momenté Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V8.N1.08

Palavras-chave:

Ipomoea batatas, biocombustível, rendimento

Resumo

A batata-doce é uma cultura que se adapta as mais diversas condições edafoclimáticas brasileira e apresenta grande potencial para produção de etanol a partir da utilização das suas raízes. Podendo ser empregada tanto na alimentação humana como animal. O objetivo do trabalho foi avaliar clones de batata-doce com potencial para produção de etanol, rendimento de amido e potencial de produção de matéria seca de ramas e raízes. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, utilizando-se 60 tratamentos, sendo 50 clones e 10 testemunhas com três repetições. Foram avaliados genótipos pertencentes ao LASPER (Laboratório de Pesquisa e Produção de Energias Renováveis). Avaliou-se a produtividade das raízes e das ramas, teor de amido e de matéria seca das raízes e das ramas e resistência a insetos do solo. Os clones 048-02, 112-07, 022-19, 048-14, 114-18, apresentam agronomicamente potencial para produção de etanol combustível. Os clones 002-580 e 106-62 podem ser utilizados na alimentação animal utilizando suas ramas. Não houve diferença significativa entre os tratamentos avaliados para o teor de amido. As testemunhas apresentaram maiores teores de matéria seca das raízes, destacando-se as cultivares: Carolina Vitória, Duda, e Marcela. As testemunhas Bárbara, Duda, Carolina Vitória e Beatriz são tolerantes a incidência de danos causados por insetos de solo.

Biografia do Autor

Afonso Duarte Vieira, Instituto Federal de Educação Ciência e tecnologia- Campus de Porto Nacional.

Engenheiro de Produção, Mestre em Bioenergia, Professor no Instituto Federal do Tocantins.

Valdilene Coutinho Miranda, Universidade Federal do Tocantins

Engenheira Agrônoma,Doutoranda em Produção Vegetal.

Anatércia Ferreira Alves, Universidade Federal do Tocantins

Engenheira Agrônoma, Pós doutoranda em Produção Vegetal.

Aline Torquato Tavares, Universidade Federal do Tocantins

Engenheira Agrônoma,Doutoranda em Produção Vegetal.

Valéria Gomes Momenté, Universidade Federal do Tocantins

Professora Associada II na Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

29-06-2016

Edição

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Artigos