Conteúdo de carboidratos em estacas de videira do porta-enxerto cv. IAC 572

Autores

  • Essione Ribeiro Souza Universidade Estadual Paulista http://orcid.org/0000-0001-5630-5442
  • Fábio Laner Lenk Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campus São Roque)
  • Elizabeth Orika Ono Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
  • João Domingos Rodrigues Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V8.N2.01

Palavras-chave:

Substâncias de reserva, substratos, ácido indolilbutírico

Resumo

Este trabalho teve como objetivo estudar a variação nos teores de carboidratos, antes e após a formação de raízes e brotação em estacas de videira do porta-enxerto ‘IAC 572’ plantados em diferentes substratos (composto orgânico e substrato comercial Carolina) tratadas ou não com ácido indolilbutírico (2000 mg L-1). Os tratamentos constituíram-se: T1- Substrato comercial Carolina® (SCC); T2- Composto orgânico (CO); T3- SCC + CO; T4- SCC + IBA a 2000 mg L-1; T5- CO + IBA a 2000 mg L-1 e T6- SCC + CO + IBA a 2000 mg L-1. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos inteiramente casualizados com 6 tratamentos x 4 repetições e cada parcela representada por 16 estacas. No momento da produção das estacas, amostras do material vegetal foram reservadas para as análises de açúcares totais e redutores. Em seguida, as estacas foram padronizadas em 10 cm de comprimento com duas gemas e três centímetros da base das estacas foram imersas em solução de IBA 2000 mg L-1 por 15 segundos, nas estacas dos tratamentos 4, 5 e 6. Posteriormente, foram mantidas em câmara de nebulização por 54 dias. Após esse período foi avaliada a porcentagem de enraizamento (ER) e de brotação, número de folhas (NF), altura da planta (AP, em cm),número de raízes (NR), massa da matéria seca de raiz (MMSR, em g), parte aérea (MMSPA em g) e caule (MSC), comprimento médio da maior raiz (CMR, em cm) e os teores de açúcares totais e redutores da raiz, caule e brotação. O substrato orgânico associado ao tratamento das estacas com IBA promoveu aumento significativo nas substâncias de reserva das plantas. 

Biografia do Autor

Essione Ribeiro Souza, Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Engenharia Agronômica (2009) e mestrado em Agronomia/Horticultura Irrigada (2010) pela Universidade do Estado da Bahia, doutora em Agronomia/Horticultura (2014) pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes temas: vitis vinifera (l.), fisiologia da produção, reguladores vegetais, carboidratos, enzimas antioxidantes e manejo cultural de fruteiras no submédio São Francisco.

Fábio Laner Lenk, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campus São Roque)

Possui graduação no Curso Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina - CEFET (2008). Mestre em Agronomia no Curso de Horticultura Irrigada pela Universidade Estadual da Bahia - UNEB na área de Fisiologia da Produção (2010). Atuação na área de tecnologia em processamento de produtos derivados da uva. Experiência como instrutor nas áreas de Viticultura, Enologia e Gastronomia. Atualmente é Professor Efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campus São Roque)

Elizabeth Orika Ono, Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Graduada em Ciências Biológicas Bacharelado/Licenciatura pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1986), Mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1991) e Doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994). Atualmente é Professora Adjunta/Livre-Docente do Departamento de Botânica, do Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atua na área de Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: crescimento, reguladores vegetais, enraizamento de estacas e germinação de sementes.

João Domingos Rodrigues, Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Formado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (1969), graduação em Licenciatura em Ciências Agronômicas pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (1971) e Doutorado em Ciências (PhD) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1974) e Livre-Docente em Fisiologia Vegetal (1991) pelo Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista - UNESP. Atualmente é Professor Titular (1998) da Universidade Estadual Paulista - UNESP. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal e Fisiologia da Produção Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: relações hídricas, fotossíntese, desenvolvimento, reguladores e hormônios vegetais, fisiologia vegetal e fisiologia pós-colheita.

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Publicado

29-06-2016

Edição

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Artigos