Reguladores vegetais na germinação de sementes de pimenta-tabasco

Autores

  • Essione Ribeiro Souza Universidade Estadual Paulista
  • Bárbara França Dantas Embrapa Semiárido
  • Carlos Alberto Aragão Universidade do estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V7.N2.06

Palavras-chave:

Capsicum frutescens, embebição, reguladores de crescimento

Resumo

A germinação de sementes de pimenta, mesmo em condições favoráveis é lenta e desuniforme, sendo necessário o uso de técnicas que contribuam para acelerar o processo de germinação e uniformizar a emergência em campo. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes reguladores vegetais na germinação de sementes de pimenta-tabasco (Capsicum frutescens L.). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 5 (pré-embebição e reguladores vegetais), em quatro repetições de 50 sementes para cada tratamento. Os reguladores vegetais utilizados foram (1) Stimulate®; (2) Sett®; (3) CaB®; (4) Progibb®, y (5) água destilada, cujas sementes foram pré-embebidas por 24 horas ou postas para germinar diretamente em soluções com os reguladores vegetais. A pré-embebição promoveu maior percentual de germinação, de plântulas normais e crescimento de plântulas de pimenta tabasco, independente da solução. O uso dos reguladores vegetais Progibb® e Stimulate® estimula a germinação de sementes e crescimento inicial de plântulas de pimenta-tabasco e a utilização de qualquer um dos biorreguladores avaliados estimulou o desenvolvimento de raízes.

Biografia do Autor

Essione Ribeiro Souza, Universidade Estadual Paulista

Possui graduação em Engenharia Agronômica, mestrado em Horticultura Irrigada pela Universidade do Estado da Bahia e doutoranda em Agronomia/Horticultura pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita de Filho. Atua principalmente nos seguintes temas: Fisiologia Vegetal de produção, na técnica de análise de fertilidade de gema em uva (Vitis vinifera (L.) e prática de tensiômetria para determinação da curva característica do solo e irrigação.

Bárbara França Dantas, Embrapa Semiárido

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia (1997), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Lavras (1999) e doutorado em Agronomia (Agricultura/ Fisiologia de Sementes) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é pesquisadora a da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa Semi-Árido e Professora Permanenete do Mestrado em Horticultura Irrigada da Universidade do Estado da Bahia-UNEB. É pesquisadora-membro de projetos de pesquisa da Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana e coorientadora de alunos de pós- graduação na UNEB, UEFS, UENF UFPB. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase emFisiologia de Plantas Cultivadas, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia e fisiologia de sementes, metabolismo germinativo, armazenamento e fisiologia do estresse

Carlos Alberto Aragão, Universidade do estado da Bahia

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (1996), mestrado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (1998) e doutorado em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002). Atualmente é professor Titular da Universidade do Estado da Bahia da Graduação e Coordenador do Mestrado em Horticultura Irrigada (PPHI). Atua como Orientador de pesquisas com experimentação e manejo de hortaliças (melancia, melão, cebola, tomate e outras hortaliças)

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Publicado

18-08-2014

Edição

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Artigos