Avaliação de embalagens na conservação de abóbora minimamente processada

Autores

  • Keila Sousa Lima Universidade Federal do Pará, Campus Altamira, PA.
  • Alex Guimarães Sanches Universidade Estadual Paulista, FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP
  • Carlos Alberto Martins Cordeiro Univesidade Federal do Pará, UFPA, Bragança.

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V12.N3.07

Palavras-chave:

Curcubita moschata Duch., atmosfera modificada, processamento mínimo

Resumo

A abóbora (Cucurbita moschata Duch.) é fruto com alto valor nutricional e o processamento mínimo é a principal alternativa para reduzir as perdas pós-colheita e agregar valor ao produto, contudo, produtos processados são mais perecíveis e, portanto, necessitam de tecnologias de conservação coo o uso de embalagens plásticas para a preservação da qualidade durante o armazenamento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de embalagens para o armazenamento de abóboras minimamente processadas. Abóboras maduras foram adquiridas no comércio local, processadas em cubos de 3,0 cm, sanitizadas, acondicionadas em diferentes embalagens plásticas e armazenadas em refrigerador (10 ºC) por um período de 12 dias. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3x5 que compreende três embalagens (saco plástico de polipropileno, bandeja de poliestireno expandido recoberta com filme de PVC e polietileno tereftalato) e cinco dias de avaliação (0, 3, 6, 9 e 12 dias) com três repetições. A cada três dias avaliou-se a perda de massa fresca, firmeza, sólidos solúveis, acidez titulável, pH, relação SST/ATT, coloração da polpa, incidência de esbranquiçamento e a qualidade geral. A qualidade físico-química e sensorial das abóboras foi comprometida ao longo do tempo de armazenamento (p<0,05). Já o acondicionamento em bandeja de poliestireno revestida com filme de PVC (BPE+PVC) resultou em menor perda de massa fresca, manutenção da firmeza e menor degradação de sólidos solúveis, além de garantir preservação das características sensoriais ao longo de 12 dias de armazenamento a 10 °C.

Biografia do Autor

Keila Sousa Lima, Universidade Federal do Pará, Campus Altamira, PA.

Graduanda em Engenharia Agronômica, Universidade Federal do Pará, Campus Altamira

Alex Guimarães Sanches, Universidade Estadual Paulista, FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP

Doutorando em Agronomia (Produção Vegetal). experiência em pós-colheita, armazenamento de frutos e hortaliças, processamento mínimo de vegetais.

Carlos Alberto Martins Cordeiro, Univesidade Federal do Pará, UFPA, Bragança.

Prof. Dr. Univesidade Federal do Pará, UFPA, Bragança. Experiência em Processamento mínimo de vegetais.

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Publicado

09-03-2020

Edição

Seção

Artigos