Avaliação de embalagens na conservação de abóbora minimamente processada
DOI:
https://doi.org/10.5935/PAeT.V12.N3.07Palavras-chave:
Curcubita moschata Duch., atmosfera modificada, processamento mínimoResumo
A abóbora (Cucurbita moschata Duch.) é fruto com alto valor nutricional e o processamento mínimo é a principal alternativa para reduzir as perdas pós-colheita e agregar valor ao produto, contudo, produtos processados são mais perecíveis e, portanto, necessitam de tecnologias de conservação coo o uso de embalagens plásticas para a preservação da qualidade durante o armazenamento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de embalagens para o armazenamento de abóboras minimamente processadas. Abóboras maduras foram adquiridas no comércio local, processadas em cubos de 3,0 cm, sanitizadas, acondicionadas em diferentes embalagens plásticas e armazenadas em refrigerador (10 ºC) por um período de 12 dias. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3x5 que compreende três embalagens (saco plástico de polipropileno, bandeja de poliestireno expandido recoberta com filme de PVC e polietileno tereftalato) e cinco dias de avaliação (0, 3, 6, 9 e 12 dias) com três repetições. A cada três dias avaliou-se a perda de massa fresca, firmeza, sólidos solúveis, acidez titulável, pH, relação SST/ATT, coloração da polpa, incidência de esbranquiçamento e a qualidade geral. A qualidade físico-química e sensorial das abóboras foi comprometida ao longo do tempo de armazenamento (p<0,05). Já o acondicionamento em bandeja de poliestireno revestida com filme de PVC (BPE+PVC) resultou em menor perda de massa fresca, manutenção da firmeza e menor degradação de sólidos solúveis, além de garantir preservação das características sensoriais ao longo de 12 dias de armazenamento a 10 °C.
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