Análise do risco potencial à erosão em aterro de resíduos sólidos através de aerolevantamentos com veículo aéreo não tripulado e técnicas de álgebra de mapas
Palavras-chave:
Aterro Sanitário, Taludes, Risco à ErosãoResumo
Na perspectiva da análise ambiental, uma das temáticas mais relevantes na atualidade está relacionada com a deposição de resíduos sólidos. Mesmo que a deposição seja feita de maneira correta, problemas geotécnicos podem ocorrer em projetos de aterros sanitários. Desta forma, este trabalho tem como objetivo a análise do potencial risco à erosão no aterro sanitário desativado do município de Rosário do Sul/RS. Para tanto, primeiramente foi realizado um reconhecimento de campo com o intuito de avaliar a existência de processos erosivos instalados e as possíveis áreas a serem atingidas. Conseguinte, foi realizado um levantamento de pontos de controle com receptor GNSS de dupla frequência, um aerolevantamento com VANT para o reconhecimento da área e a Modelagem Numérica da Superfície. Os dados fotogramétricos foram mosaicados no programa PhotoScan e exportados para o programa Spring onde foram gerados os mapas intermediários de orientação de vertentes, declividade, curvatura horizontal e vertical do relevo. Por fim, foi gerado o mapa de potencial risco à erosão através da ferramenta de álgebra de mapas. Os resultados demonstram que a declividade dos taludes é o fator que mais impacta no potencial à erosão do aterro sanitário, sendo que foram encontradas declividades maiores que 45% nos taludes com maior amplitude topográfica, podendo ocasionar processos erosivos e até rupturas de talude em locais, principalmente onde a curvatura horizontal é convergente e a vertical é côncava. Conclui-se nesta pesquisa que os taludes do aterro sanitário devem ser constantemente monitorados e os que apresentam processos erosivos instalados sejam revegetados na busca da estabilização das células. Deve-se também elaborar um plano de alerta para a área circunvizinha, visto a significativa área residencial a ser impactada pelo possível rompimento dos taludes, principalmente nas vertentes Nordeste, Leste e Sudeste.Referências
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