Energia e Emissões na Produção de Óleo de Palma / Dendê (Elaeis guineensis): geração e cogeração na indústria de Óleo de Palma

Autores

  • Marcos Alexandre Teixeira Marcos Alexandre Teixeira Dr., Eng. Agrícola, Prof. Associado Departamento de Engenharia Agrícola e do Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense – UFF

Palavras-chave:

Cogeração, energia, Dendê, Biomassa

Resumo

Produzir Óleo de Palma / Dendê (Elaeis guineensis) gera resíduos com potencial energético, os quais podem ser utilizados em regime de cogeração para atender as demandas internas de energia da planta de processamento. Este aproveitamento pode ser otimizado de forma a gerar um superávit de energia elétrica -que pode ser vendido à rede. Neste artigo, buscou-se avaliar as experiências de cogeração associada a plantas de extração de óleo de Palma, no sentido de determinar melhores práticas, assim como avaliar limites para inserção desta tecnologia no Brasil. Para uma unidade típica (60 t cachos de frutos frescos h-1), foram estimadas quantidade e custos da energia produzida assim como emissões, em 5 configurações: cenário base (caldeira c/parte das fibras e cascas, vapor saturado e turbina de contra-pressão); cogeração básica (caldeira c/parte das fibras e cascas, vapor saturado e turbina de extração-condensação); cogeração otimizada (caldeira c/fibras, cascas e parte dos cachos de frutas vazios; vapor superaquecido e turbina de extração-condensação); cogeração otimizada com biodigestor para efluentes líquidos e flare; cogeração otimizada e biodigestor com moto geradores (sem flare) e maximização energética (2 caldeiras: p/cachos de frutas vazios e outra p/fibras e cascas, vapor superaquecido e turbina de condensação e moto geradores). Resultados indicam TIR de 7 e 2%, para R$ 80 MWh-1. Nos cenários cogeração básica e otimizada, o VPL baixo sugere a necessidade de incentivo à geração de eletricidade, exceto para os cenários denominados: cogeração otimizada e - cogeração otimizada - e biodigestor e moto geradores. A venda de créditos de carbono não teve impacto na performance econômico financeira.

Biografia do Autor

Marcos Alexandre Teixeira, Marcos Alexandre Teixeira Dr., Eng. Agrícola, Prof. Associado Departamento de Engenharia Agrícola e do Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense – UFF

Entrou para o Dep. de Eng. Agrícola e Ambiental da UFF, em 2013, nas disciplinas de Construção Rural, Modelagem de Sistemas Agrícolas e Ambientais e Instalações Prediais Aplicadas. Vindo do setor privado, após 3 anos no Dep. de Energia da Vale, identificando oportunidades para uso de energias renováveis e diminuição no consumo de várias atividades desta Mineradora (projetos novos e/ou unidades em operação). Tendo passado 2 anos na Agência Alemã de Cooperação Técnica – GTZ (filial Rio de Janeiro / RJ), em ações de transferência de tecnologia entre Brasil e Alemanha nas áreas de renováveis e eficiência energética, explorando interconexão com Mecanismos de Desenvolvimento Limpo sempre que aplicável. 
Tem graduação e Mestrado em Engenharia Agrícola, e Doutoramento em Eng. Mecânica todos obtidos na UNICAMP (2003), com experiência no desenvolvimento de Projetos EPC Turnkey, desenvolvida durante sua atuação em projetos Industriais. Durante pós-doutoramento (de 2004 a 2008 – Portugal e Alemanha) trabalhou em projetos de cooperação e pesquisa internacionais nas áreas de sistemas de energia renovável, combate à pobreza e Projetos de MDL em países da África, Europa, Brasil, China e Indonésia.

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Publicado

22-07-2019

Edição

Seção

Artigos - Processos do desenvolvimento humano nos contextos comunitários