Distribuição espacial de ferro e manganês trocáveis em solos do pantanal<p>Spatial distribution of iron and manganese exchangeable wetland soils

Autores

  • Léo Adriano Chig UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
  • Eduardo Guimarães Couto Prof. Dr. Associado de Ciência do Solo, DSER/FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa, s/n, Boa Esperança, Cuiabá (MT), CEP 78.060-900
  • Raphael Moreira Beirigo Prof. Dr. Adjunto I de Solos e Meio Ambiente, CCTA/UACTA/UFCG, Rua Jario Vieira Feitosa, nº 1770 Pereiros, Pombal (PB), CEP 58.840-000
  • Lúcia Andréa de Oliveira Lobato Eng.° Agrônoma, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa, s/n, Boa Esperança, Cuiabá (MT), CEP 78.060-900. Fone (65) 3615-8616
  • João Paulo Novaes Filho Doutor em Agricultura Tropical, Universidade de Cuiabá, Av. Fernando Corrêa, s/n, Boa Esperança, Cuiabá (MT), CEP 78.060-900.

Palavras-chave:

semivariograma, variabilidade espacial, química do solo

Resumo

O ferro (Fe) e o manganês (Mn) trocáveis estão entre os elementos mais móveis na solução do solo em ambientes redutores. No Pantanal, há vários ambientes em que os solos apresentam condições redutoras sazonais ou permanentes relacionadas aos pulsos de inundação. Dentre as principais alterações que os pulsos de inundação causam nos solos, estão as mudanças nas condições de oxirredução. O Fe e o Mn estão entre os elementos mais suscetíveis a tais alterações, que influenciam diretamente a disponibilidade desses elementos para os ciclos biogeoquímicos. O objetivo deste trabalho foi estudar a variabilidade espacial dos teores de Fe e de Mn trocáveis em três áreas com superfícies geomórficas representativas da paisagemda sub-região do pantanal de Poconé (MT). Em cada área, foi delimitada uma parcela de 6.000 m2, subdividida em unidades amostrais de 10 x 10 m, onde foram realizadas coletas sistemáticas de 77 amostras de solos, nas profundidades de 0 a 20 cm e de 40 a 60 cm. Nas áreas ocorrem solos das classes: LuvissoloHáplicoem um paleodique (área 1) e Gleissolo Háplicoem duas paleoplanícies (áreas 2 e 3).Os resultados indicam grande variabilidade espacial dos teores de Fe e de Mn trocáveis e dos teores de argila. A dependência espacial dos teores de Fe e de Mn trocáveis foi considerada de alta a moderada, nas duas profundidades, evidenciando os efeitos intrínsecos causados pela posição que os solos ocupam na paisagem e a interação de fatores como a drenagem e o processo de oxirredução.

Abstract

Iron (Fe) and manganese (Mn) exchangeable are among the most mobile elements in soil solution in reducing environments. In Pantanal, there are several environments in which the soils have seasonal or permanent reducing conditions related to flood pulses. Among the major changes that flood pulses cause to soils are the redox conditions. Mn and Fe are among the most susceptible elements to such transformations that directly influence the availability of these elements to the biogeochemical cycles. Our objective was to study the spatial variability of the Fe and Mn exchangeable levels in three areas with geomorphic landscape surfaces representing the subregion wetland area known as Pantanal Poconé (MT). In each of the three areas it was delimited a plot of 6,000 m2, divided into sampling units of 10 m x 10 m, where systematic collection of 77 soil samples at depths 0-20 cm and 40-60 cm were performed. The classification of the soil classes in the three areas were: Haplic Luvisol in a paleodike (area 1) and Humic Haplicin two paleoplains (areas 2 and 3). The results indicate large spatial variability in the levels of Fe and Mn exchangeable and in the clay contents. The spatial dependence of the levels of Fe and Mn exchangeable was considered high to moderate at both depths, indicating the intrinsic effects caused by the position that soils occur in the landscape and in the interaction of factors such as drainage and redox process.

Biografia do Autor

Léo Adriano Chig, UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT (2002), mestrado em Agricultura Tropical – UFMT, com dissertação intitulada “DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ATRIBUTOS DO SOLO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES INSTRUMENTOS DE AMOSTRAGEM” (2005), Doutorado em Agricultura Tropical com tese intitulada “Estudo da variabilidade espacial em um programa de Agricultura de Precisão” (2010) e atualmente atua como Pesquisador Pós-Doc INAU/UFMT, com pesquisa intitulada “Identificação e classificação de solos de áreas úmidas” (2013). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo, Adubação e classificação de solos, atuando principalmente nos seguintes temas: Agricultura Tropical, Agricultura de Precisão, Grandes Culturas como: soja, algodão, etc..., e Geoestátistica.

Eduardo Guimarães Couto, Prof. Dr. Associado de Ciência do Solo, DSER/FAMEV/UFMT. Av. Fernando Corrêa, s/n, Boa Esperança, Cuiabá (MT), CEP 78.060-900

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1979), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (1984), doutorado sanduíche em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e em Remote sensing and spatial statistics pelo International Institute For Aerospace Survey And Earth Sciences em Enschede, Holanda e Pós-doutorado na University of British Columbia em Vancouver, Canadá (agosto de 2011 a julho de 2012). É Professor Titular da Universidade Federal de Mato Grosso responsável pelas disciplinas de Solos III (Classificação e levantamento de Solos) na graduação em Agronomia da UFMT e das disciplinas Solos Tropicais, Métodos Estatísticos II (PPG em Agricultura Tropical da UFMT) e Fundamentos da Ciência do Solo (PPG em Agricultura Tropical e Ecologia e Biodiversidade da UFMT). Publicou uma série de artigos em periódicos especializados, 6 livros, 11capítulos de livros e organizou um livro. Possui mais de cem trabalhos em Anais de eventos científicos. Orientou dezoito dissertações de mestrado e três de teses de doutorado . Atualmente orienta duas dissertações de mestrado e três teses de doutorado nos Programas de Pós-graduação em Agricultura Tropical e Ecologia e Biodiversidade da UFMT. Em atividades de Iniciação Científica já orientou mais de uma dezena de estudantes de iniciação científica. Foi membro externo em bancas na UNICAMP, USP e UFV nas áreas de Engenharia Agronômica, Engenharia Agrícola e Meio Ambiente. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura de precisão, geoestatística, uso da terra, e biogeoquímica do carbono É revisor ad-hoc de várias revistas científicas e tem cooperações internacionais com as universidades Francois Rabelais (França), Goettingen (Alemanha), British Columbia (Canadá), Kansas State University e Mississipi State University (EUA).

Raphael Moreira Beirigo, Prof. Dr. Adjunto I de Solos e Meio Ambiente, CCTA/UACTA/UFCG, Rua Jario Vieira Feitosa, nº 1770 Pereiros, Pombal (PB), CEP 58.840-000

Natural de Batatais, interior do estado de São Paulo, com graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa. Bolsista de Aperfeiçoamento do Programa Brasileiro para Pesquisa e Desenvolvimento do Café (Convênio Embrapa Café/UFV/Epamig), com Cafeicultura orgânica e Familiar. Mestre em Agronomia e Doutor em Ciências área de concentração Solos e Nutrição de Plantas, linha de pesquisa Gênese e Morfologia e Evolução de Solos pela Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, com estágio no exterior na Universidad de Córdoba - Departamento de Edafología. Tem experiência na área de Ciência do Solo, com ênfase em Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos atuando principalmente nos seguintes temas: Levantamento de solos, química do solo, mineralogia de solos, micromorfologia do solo, solos de área úmidas, geomorfologia, ambientes de sedimentação e reconstrução paleoambiental. Atualmente é professor Adjunto de Solos e Meio Ambiente da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Unidade Acadêmica de Ciências e Tecnologia Ambiental - UACTA.

Lúcia Andréa de Oliveira Lobato, Eng.° Agrônoma, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Corrêa, s/n, Boa Esperança, Cuiabá (MT), CEP 78.060-900. Fone (65) 3615-8616

Eng.° Agrônoma, Mestra em Agricultura Tropical.

João Paulo Novaes Filho, Doutor em Agricultura Tropical, Universidade de Cuiabá, Av. Fernando Corrêa, s/n, Boa Esperança, Cuiabá (MT), CEP 78.060-900.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1987), Mestrado (2005) e Doutorado (2012) em Agricultura Tropical pela Universidade Federal de Mato Grosso (Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária). Atualmente trabalha com projetos agroambientais e perícias judiciais. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos. Atua principalmente nos seguintes temas: microbacias, carbono do solo, dependência espacial, variabilidade de solos, fertilidade, lixiviação e componentes principais.

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Publicado

15-04-2016

Edição

Seção

Artigos - Cultura, práticas sociais, formação humana e desenvolvimento comunitário