Caracterização morfológica das brânquias de Aegla castro Schimitt, 1942 (Crustacea, Decapoda, Anomura)

Resumen

O presente estudo objetivou analisar e descrever a morfologia das brânquias de Aegla castro por meio de análises morfo-histológicas. Espécimes adultos foram coletados no período de Agosto de 2014 a Julho de 2015, no rio Tapera tributário do rio Pinhão, município de Pinhão-PR, (25°41'39.67"S e 51°40'13.23"O). As análises mostraram que as brânquias estão protegidas pela estrutura corporal braquistegito e albergadas em uma câmara branquias, onde dispõem-se em séries continuas e longitudinais ligadas a estruturas corpóreas como a placa epicodal e os apêndices locomotores. As brânquias são do tipo tricobrânquia, subdividindo-se em três grandes grupos as podobrânquias, artrobrânquias e pleurobrânquias com morfologias e números distintos. Quanto ao número foi observado a presença de seis pares de podobânquias, oito pares de artrobrânquias e quatro pares de pleurobrânquias em um total de 24 pares de brâquias por individuo. Pelas análises histológicas foi observado a existência de grupos celulares comuns aos três tipos branquiais, os principais grupos celulares descritos para a infraordem Anomura a qual pertecence, apresentando em seu epitélio células pavimentos, pilares, estriadas, nefrócitos e gliócitos cada tipo celular apresenta uma morfologia e função distinta no epitélio. Quanto as alterações no epitélio foi notado que em branquias anteriores a uma simetria nos epitélio distal e proximal, o que não se repete em brânquias posteriores, onde é observada uma diferenciação em espessura nos epitélio, isto está ligado ao desempenho de funções distintas e sugere especificidade tecidual onde. Onde as brânquias anteriores com epitélio simétrico desempenharia a função de trocas gasosas e as brânquias posteriores com epitélio assimétrico seria responsável pela reabsorção de íons. Com isto, conclui-se que as brânquias em A. castro estão dentro do padrão descrito para crustáceos.