Efeito do estresse salino em sementes de feijão dos grupos comerciais carioca e preto

Autores

  • Bruna Pereira Schafranski Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE)
  • Graciele Iurk de Morais Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE)
  • Tereza Cristina de Carvalho Eng.ª Agr.ª, Doutora em Agronomia / Produção Vegetal pela Universidade Federal do Paraná, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5935/PAeT.V12.N3.02

Palavras-chave:

Cloreto de sódio, Germinação, Vigor, Desenvolvimento de plântula.

Resumo

O alto teor de sal no solo reduz o potencial hídrico, afeta a produtividade e a absorção de água pelas sementes. Podendo reduzir o crescimento e desenvolvimento das plântulas e a capacidade germinativa das sementes. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência do estresse salino na qualidade fisiológica das sementes de feijão, classificadas nos grupos comerciais carioca e preto. Para isso, as sementes foram submetidas a diferentes concentrações salinas, as quais foram de 0 (referente a testemunha, a qual foi adicionado água destilada), seguida de 15, 30, 60 e 120 mmol L-1 de NaCl. Os dados obtidos em cada teste foram analisados de acordo com delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, esquema fatorial 2x5, as médias foram comparadas pelo teste de Student Newman Keuls a p≤0,05. Quando houve interação das condições de salinidade para cada grupo comercial, realizou-se a análise em regressão. As sementes foram analisadas quanto aos testes de germinação, comprimento total, comprimento da raiz, comprimento da parte aérea, massa fresca, massa seca e emergência de plântulas. Mediante aos resultados obtidos, concluiu-se que em relação a germinação, as sementes do feijão carioca obtiveram comportamento superior as do feijão preto, logo, a partir da concentração de 30 mmol L -1 obteve-se efeito negativo, seguido da dose 120 mmol L-1 concluiu ser a mais prejudicial para a germinação de sementes. Assim pode-se concluir que com o aumento das maiores concentrações salinas caracterizou o feijão carioca ser o mais tolerante e o feijão preto o mais sensível aos efeitos salinos.

Biografia do Autor

Bruna Pereira Schafranski, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE)

Bióloga, Especialista em Uso e Manejo do Solo: Fertilidade e Conservação. Faculdades Integradas do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE. Rua Balduíno Taques, 810 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-000. 

Graciele Iurk de Morais, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE)

Bióloga, Especialista em Uso e Manejo do Solo: Fertilidade e Conservação. Faculdades Integradas do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE. Rua Balduíno Taques, 810 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-000. 

Tereza Cristina de Carvalho, Eng.ª Agr.ª, Doutora em Agronomia / Produção Vegetal pela Universidade Federal do Paraná, Brasil.

Eng, Agrônoma. Dra. Prof. Faculdades Integradas do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE. Rua Balduíno Taques, 810 - Centro, Ponta Grossa - PR, 84010-000.  

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Publicado

09-03-2020

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Artigos