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Elizeu Barroso Alves, Vanessa Estela Kotovicz Rolon e Aline Purcote
A AGENDA 2030 DA ONU E O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: QUE
PROFISSIONAL PRETENDEMOS FORMAR?
administrador, manifestadas no artigo 4º da Resolução nº 5, de 14 de outubro de 2021, a qual
revisitou e atualizou as DCNs do Curso de Graduação em Administração.
Em relação ao desenvolvimento de competências e habilidades do graduando em
Administração, espera-se:
Art. 3º O Curso de Graduação em Administração deve proporcionar aos seus
egressos, ao longo da formação, além dos conhecimentos, ao menos as seguintes
competências gerais:
I - integrar conhecimentos fundamentais ao Administrador - Para além de apenas
deter conhecimentos fundamentais, o egresso deve ser capaz de integrá-los para criar
ou aprimorar de forma inovadora os modelos de negócios, de operacionais e
organizacionais, para que sejam sustentáveis nas dimensões sociais, ambientais,
econômicas e culturais. Entre os conhecimentos fundamentais incluem-se os de
Economia, Finanças, Contabilidade, Marketing, Operações e Cadeia de
Suprimentos, Comportamento Humano e Organizacional, Ciências Sociais e
Humanas e outros que sirvam às especificidades do curso;
II - abordar problemas e oportunidades de forma sistêmica - Compreender o
ambiente, modelar os processos com base em cenários, analisando a inter-relação
entre as partes e os impactos ao longo do tempo. Analisar problemas e
oportunidades sob diferentes dimensões (humana, social, política, ambiental, legal,
ética, econômico-financeira);
III - analisar e resolver problemas - Formular problemas e/ou oportunidades,
utilizando empatia com os usuários das soluções, elaborar hipóteses, analisar
evidências disponíveis, diagnosticar causas prováveis e elaborar recomendações de
soluções e suas métricas de sucesso passíveis de testes;
IV - aplicar técnicas analíticas e quantitativas na análise de problemas e
oportunidades - Julgar a qualidade da informação, diferenciando informações
confiáveis de não confiáveis, e de que forma ela pode ser usada como balizadora na
tomada de decisão. Identificar, sumarizar, analisar e interpretar informações
qualitativas e/ou quantitativas necessárias para o atingimento de um objetivo inicial.
Julgar a relevância de cada informação disponível, diferenciando meras associações
de relações causais. Comunicar suas conclusões a partir da construção e análise de
gráficos e de medidas descritivas. Identificar os contextos em que técnicas de
inferência estatística possam ser utilizadas e, por meio delas, julgar até que ponto os
resultados obtidos em uma amostra podem ser extrapolados para uma população;
V - ter prontidão tecnológica e pensamento computacional - Compreender o
potencial das tecnologias e aplicá-las na resolução de problemas e aproveitamento
de oportunidades. Formular problemas e suas soluções, de forma que as soluções
possam ser efetivamente realizadas por um agente de processamento de
informações, envolvendo as etapas de decomposição dos problemas, identificação
de padrões, abstração e elaboração de sequência de passos para a resolução;
VI - gerenciar recursos - Estabelecer objetivos e metas, planejar e priorizar ações,
controlar o desempenho, alocar responsabilidades, mobilizar as pessoas para o
resultado;
VII - ter relacionamento interpessoal - Usar de empatia e outros elementos que
favoreçam a construção de relacionamentos colaborativos, que facilitem o trabalho
em time e a efetiva gestão de conflitos;
VIII - comunicar-se de forma eficaz - Compartilhar ideias e conceitos de forma
efetiva e apropriada à audiência e à situação, usando argumentação suportada por
Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 2, n. 1, p. 49-66, jan./jun., 2022.