PRÁTICAS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO EM MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS IDENTIFICADAS POR MEIO DE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE
LITERATURA
KNOWLEDGE MANAGEMENT PRACTICES IN MICRO AND SMALL
ENTRERPRISE IDENTIFIED THROUGH A SYSTEMATIC REVIEW OF
LITERATURE
JULIANA MOLETTA NADAL
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
E-mail: julianamnadal@gmail.com
VANESSA FERREIRA
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
E-mail: ferreiravanessa4@gmail.com
LUCIANE FRANCO
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
E-mail: lu05-franco@hotmail.com
ANTÔNIO CARLOS DE FRANCISCO
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
E-mail: acfrancisco@utfpr.edu.br
RESUMO
O objetivo deste artigo foi identificar as práticas de gestão do conhecimento em micro e pequenas empresas.
Para tanto realizou-se uma revisão sistemática da literatura por meio da metodologia Methodi Ordinatio, com a
busca de artigos representativos na base de dados Web of Science e Google Acadêmico. Assim, foi possível o
levantamento de 21 artigos relevantes para a leitura integral, os quais apresentaram o InOrdinatio acima de 100.
Conclui-se nesta pesquisa que as práticas de gestão do conhecimento em micro e pequenas empresas são:
Treinamento; Capacitação e qualificação; Redes de empresas, de negócios ou de relacionamentos; Softwares
para controle de informações, registros e memória organizacional; Ambiente colaborativo; Espaços de
aprendizagem (formal e informal), fóruns de discussão e Monitoramento do mercado. Diante disto a pesquisa
contribui sob a forma de orientação às micro e pequenas empresas para que possam usufruir de tais práticas
identificadas e, também, pode servir como base para criação de políticas públicas voltadas para as micro e
pequenas empresas no âmbito da gestão do conhecimento.
Palavras-chave: Gestão do conhecimento; Práticas; Micro e pequenas empresas.
ABSTRACT
The aim of this article was to identify knowledge management practices in micro and small companies. For this
purpose, a systematic literature review was performed using the Methodi Ordinatio methodology, with the search
for representative articles on the Web of Science and Google Scholar database. Thus, it was possible to survey
21 articles relevant to full reading, which presented the InOrdinatio above 100. It is concluded in this research
that the knowledge management practices in micro and small companies are: Training; Qualification and
qualification; Networks business and relationship; Information management software, records and organizational
memory, Collaborative environment; Learning spaces (formal and informal), discussion forums and Market
monitoring. Given this research contributes to the orientation of micro and small companies so that they can
benefit from these identified practices and may serve as a basis for the creation of public policies aimed at micro
and small companies in the context of knowledge management.
Keywords: Knowledge management; Practices; Micro and small enterprises.
_______________
Agradecimentos: Os autores agradecem o apoio financeiro concedido pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, p. 70-85, jan./jun., 2021.
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Juliana Moletta Nadal, Vanessa Ferreira, Luciane Franco e Antônio Carlos de Francisco
PRÁTICAS DE GESTÃO DO CONHECIMENTO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS IDENTIFICADAS POR MEIO DE UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA DE LITERATURA
1 INTRODUÇÃO
As micro e pequenas empresas (MPEs) representam uma parcela dos negócios
existentes no Brasil e têm apresentado relevância ao se destacar pela sua potencial capacidade
de gerar empregos e pela quantidade de negócios atuantes, produzindo efeitos significativos
na economia (CASSIOLATO; BRITTO; VARGAS, 2002). Essa afirmativa é comprovada por
meio dos resultados apontados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (SEBRAE, 2015), os quais apresentam percentual de 98,2% das empresas formais
no Brasil, atingindo 52,1% do total dos empregos existentes e 41,4% da massa salarial
(SEBRAE, 2015). Neste contexto Ferreira et al. (2012) afirmam que a dinâmica e o
crescimento da economia dos países em desenvolvimento, os chamados países emergentes,
dependem da capacidade de criar empresas que sobrevivam para gerarem trabalho e renda
para a população economicamente ativa.
As definições de microempresa, empresas de pequeno e médio porte são geralmente
baseadas no Eurostat (2018) e União Europeia (2016), conforme a seguir: i) microempresas
com menos de 10 empregados; ii) pequenas empresas têm entre 10 e 49 trabalhadores; e iii)
médias empresas têm entre 50 e 249 empregados. Grandes empresas empregam mais de 250
indivíduos. A maioria dos estudos existentes baseiam suas definições no número de
empregados.
O desemprego motivou a criação de micro e pequenas empresas, devido a alta
competição e elevados níveis de qualidade de serviços e produtos entre empresas de grande
porte e multinacionais provocaram demissões de trabalhadores em nível mundial (BARROS;
PEREIRA, 2008).
O desafio para as MPEs é sobreviver no ramo de atividade em que atuam em face da
disputa com empresas concorrentes que estão presentes no mercado, inclusive buscando
novas tendências para manterem sua competitividade (OLIVEIRA; MACHADO; JOHN,
2017). O encerramento de MPEs podem estar diretamente vinculados ao despreparo e
formação dos empreendedores, pois o ideal é tratar o empreendedorismo como ciência e não
apenas como uma profissão, trazendo-o para a educação básica, como ocorre em alguns
países de primeiro mundo (SARASVATHY; VENKATARAMAN, 2011).
Por meio do capital social uma organização pode criar, acessar e mobilizar recursos de
uma entidade para outra pela troca de informações, produtos, ideias e oportunidades
(PAXTON, 1999). Principalmente para empresas de alta tecnologia em fase inicial, pois estão
baseadas no conhecimento e buscam capacidades criadoras de conhecimento. Por meio da
busca do conhecimento, entre as redes sociais externas, as empresas podem gerar valor,
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aprendendo novas informações, por meio da colaboração (POWELL et al., 1996). O capital
social interno é positivamente relacionado com a capacidade de inovação firme e criação de
conhecimento (TSAI, 2001), e afeta a transferência de tecnologia e inovação (SCHILLING;
PHELPS, 2007).
Há uma necessidade de produção de novos conhecimentos para gerar ganhos em todos
os segmentos organizacionais, assim é exigida uma ação estratégica de criação de processos
que indiquem, capturem e alavanquem o conhecimento (MENEZES; OLAVE, 2015). Desta
forma, um número cada vez maior de empresas percebe o quanto é importante os saberes que
possuem e, também, de serem capazes de tirar o máximo proveito de seus capitais de
conhecimento (LIMAS; SCANDELARI, 2008).
Diante do cenário apresentado, o objetivo desse artigo é identificar as práticas efetivas
de gestão do conhecimento (GC) para pequenas empresas, utilizando a metodologia para
revisão sistemática de literatura, Methodi Ordinatio, proposta por Pagani, Kovaleski e
Resende (2015).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
um consenso crescente de que uma rede externa de relações afeta o desempenho
inovador e econômico (JONG; FREEL, 2010). Empreendedores com conexões sociais
permitem que as micro e pequenas empresas tenham acesso a recursos que não possuem
internamente (OSTGAARD; BIRLEY, 1994). Isto proporciona suporte à empresa na
obtenção de informações sobre a concorrência, os colaboradores, os parceiros, os investidores
e os clientes em potencial processos que desempenham papéis cruciais para assegurar a
sobrevivência da empresa a longo prazo (LIAO; WELSCH, 2003).
Em particular, a capacidade de criar e transferir conhecimento dentro da rede social
interna é fundamental para os resultados de desempenho da empresa, incluindo a criatividade,
a inovação e o desenvolvimento de novos produtos (TORTORIELLO et al., 2012). Por esta
razão, as micro e pequenas empresas podem se beneficiar, ao participarem de redes
(TORTORIELLO et al., 2012). Redes fechadas facilitam o acesso à informação e são
vantajosas na medida em que elas minimizam o risco por meio da criação de confiança e
normas compartilhadas entre os membros (COLEMAN, 1990).
Embora haja a importância e o uso de GC para as organizações, relatórios recentes,
tais como, ferramentas de gestão que revelam baixos índices de satisfação entre os gestores
em relação ao uso das ferramentas de gestão e os resultados da sua aplicação (RIGBY;
BILODEAU, 2009). Em geral, a concepção e implementação de práticas de GC são uma
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difícil tarefa para os gestores, bem como a eficácia e o sucesso de tais práticas dependem
fortemente do ajuste ideal para fatores organizacionais (BIERLY; DALY, 2002).
Consequentemente, os gestores devem estabelecer as condições contextuais ideais para
impulsionar e otimizar o uso de práticas de GC e iniciativas através da concepção de
ferramentas, tais como: gestão de práticas de recursos humanos (LI et al., 2009), cultura de
GC implementação de sistemas de tecnologia (KING; MARKS, 2008), estruturas
organizacionais (SINGH; KANT, 2009). Liderança é outro fator representativo, que os
líderes têm uma elevada influência sobre a direção e eficácia da GC dentro de suas
organizações (NGUYEN; MOHAMED, 2011).
Os líderes podem criar condições que permitam aos participantes exercitar e cultivar
suas habilidades de manipulação do conhecimento, para contribuir com seus próprios recursos
de conhecimento individuais, ou para obter um acesso mais fácil ao conhecimento
(CRAWFORD; GOULD; SCOTT, 2003). Esta liderança orientada para o conhecimento
integra elementos de diferentes estilos, tais como transformacional e transacional, além de
motivação e comunicação, elementos que parecem ser necessários para desenvolver e
impulsionar iniciativas de GC e para a inovação, principalmente em se tratando de produto
(RIBIERE; SITAR, 2003).
2.1 Infometria dos dados
Nesta seção apresenta-se a análise de infometria. Os dados foram coletados da base
Web of Science, com a busca das palavras-chave knowledge management AND practices, nos
últimos 5 anos, apenas artigos originais, para visar uma análise global do tema. A busca
retornou 974 documentos os quais foram submetidos no sistema de bibliometria VOSviewer
para análise. Os países que se destacam em publicações levando em consideração a
quantidade de documentos criados e o número de citações, constam da Figura 1.
Figura 1 – Mapa de países mais citados na temática Práticas de GC
Fonte: VOSviewer (2021).
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Observa-se USA (118), Inglaterra (106), Austrália (93) e Brasil (61) com a maior
quantidade de documentos publicados com a temática Práticas de GC. Os países mais citados
são Inglaterra com 512 citações, Espanha com 448 citações, Itália com 425 citações e USA
com 412 citações.
Figura 2 – Mapa de palavras-chave mais citadas na temática Práticas de GC
Fonte: VOSviewer (2021).
Na Figura 2 é possível identificar as palavras mais citadas na temática proposta neste
trabalho (Práticas de gestão do conhecimento). Destaca-se no mapa as palavras-chave:
Performance a qual foi identificada em 200 documentos; Inovação em 173 documentos;
Gestão em 123 documentos e Perspectiva em 115 documentos.
A palavra-chave microempresa foi apontada somente em 2 documentos e a palavra-
chave Small (pequena) apareceu somente em 14 documentos e está fortemente relacionada a
palavra-chave Média Empresa. Apesar da relevância da temática, os estudos voltados à micro,
pequenas e médias empresas é limitada. Nota-se neste momento uma lacuna de publicações
unindo estas duas temáticas. Observa-se, também, que a nomenclatura micro e pequenas
empresas é utilizada em publicações oriundas do Brasil.
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3 METODOLOGIA
Para cumprir com o objetivo proposto pelo trabalho, identificar as práticas de GC em
micro e pequenas empresas, realizou-se uma revisão sistemática na qual foi utilizada a base de
dados Web of Science e como complemento foram selecionados documentos do Google
Acadêmico, como fontes das informações relacionadas à temática. Para tanto utilizou-se os
seguintes critérios para a exclusão de artigos: (1) artigos duplicados, (2) que não atendiam a
temática proposta nesta pesquisa após a leitura do título e palavras-chave e (3) artigos que não
apontaram práticas de GC em micro e pequenas empresas após a leitura integral do
documento.
O objetivo foi obter trabalhos relevantes que evidenciam o tema, sendo assim, adotou-
se a metodologia Methodi Ordinatio, proposta por Pagani, Kovaleski e Resende (2015)
composta por nove passos descritos abaixo:
Passo 1 - Estabelecimento da intenção de pesquisa;
Passo 2 - Pesquisa preliminar exploratória com as palavras-chave nas bases de dados;
Passo 3 - Definição e combinações das palavras-chave e bases de dados;
Passo 4 - Pesquisa definitiva nas bases de dados;
Passo 5 - Procedimentos de filtragem;
Passo 6 - Identificação do fator de impacto, do ano e número de citações;
Passo 7 - Ordenação dos artigos por meio do InOrdinatio;
Passo 8 - Localização dos artigos em formato integral;
Passo 9 - Leitura e análise sistemática dos artigos.
Para a busca na base foi utilizado o seguinte descritor de palavras-chave: knowledge
management AND micro and small busine* OR micro and small enterprise* OR micro and
small firm*, o limite temporal foi dos últimos 5 anos (2015-2019), e optou-se apenas por
artigos originais, a busca possibilitou o retorno de 131 documentos.
Após a busca na base foram utilizados os softwares Mendeley®, Jabref® e Excel®,
para organizar e agrupar os artigos importados das bases. Nesta etapa foram eliminados os
artigos em duplicidade e os artigos de conferências. Em seguida, os artigos foram exportados
para o Excel, no qual foi possível realizar a tradução dos títulos e proceder com as exclusões
conforme fluxograma apresentado na Figura 3.
Foi aplicada a fórmula: InOrdinatio = (Fi / 1000) + α* [10 - (APe APu)] + (∑ Ci),
para calcular o Index Ordinatio (InOrdinatio), que possibilitou ordenar os artigos de acordo
com a sua relevância, levando em consideração o fator de impacto da revista em que o jornal
foi publicado (JCR), número de citações e o ano de publicação.
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Figura 3 – Fluxograma de exclusões e inclusões de artigos
Fonte: Elaborado pelos autores (2020).
Após a filtragem, do total de 65 artigos, optou-se pela leitura dos 16 mais relevantes
artigos obtidos e classificados por meio da metodologia Methodi Ordinatio com o InOrdinatio
acima de 100. Foram acrescentados 5 artigos complementares relevantes obtidos por meio da
ferramenta Google Acadêmico, os quais não foram elencados na planilha da Methodi
Ordinatio, devido o corte temporal utilizado. Sendo assim, totalizou para a leitura integral e
análise, 21 artigos.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Evidências sobre as práticas de GC identificadas a partir da leitura sistemática dos
artigos, destacam-se as seguintes práticas de GC em micro e pequenas empresas: redes de
empresas, liderança, sistemas, treinamentos intensivos, registro de informações,
monitoramento de mercado, memória organizacional, conforme Quadro 1.
Quadro 1 – Portifólio Methodi Ordinatio (continua)
Autor Título Ano Prática de GC
1 Mafra Pereira,
F.C., Soares, C.P.
and de Oliveira
Reis, D.A.
Uso de Design Thinking para a
criação de um modelo de lona e
processo de captação de recursos em
anúncios de patrocínios por micro e
pequenas empresas
2019 Design T, que é um conjunto de ideias para abordar
problemas relacionados a futuras aquisições, junto
com o modelo Canvas para solução de problemas
2 Ramalho, J.J.S.,
Rita, R.M.S. and
da Silva, J.V.
O impacto da propriedade familiar
na estrutura de capital das empresas:
Explorando o papel de alavancagem
zero, tamanho, localização e a crise
financeira mundial
2018 Aumento do uso de informação redução das lacunas
de financiamento em áreas não-metropolitanas, por
meio da busca de conhecimentos disponíveis no
mercado.
3 Elliot, E.A.,
Ngugi, B. and
Malgwi, C.A.
Atenuantes canais de micro finanças
de marketing ineficiências com
customização da tecnologia móvel
2018 Acesso a informações em tempo real com Mobile
banking fornece inteligência de negócios em tempo
real para análise de informações para tomada de
descrições. Melhora a comunicação e transparência.
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Total de documentos
extraídos da base: 131
Exclusão
Duplicados: 2
Por título: 50
Leitura Integral: 14
Artigos
complementares
Google Acadêmico: 5
Inclusão
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(continuação)
Autor Título Ano Prática de GC
4 Fiorentino, S. Refazer geografia econômica urbana.
Start-ups, apoio empresarial e do
Movimento Makers: Uma avaliação
crítica da mobilidade política em
Roma
2018 Start-ups para explorar os mais recentes talentos e
inovar por meio da criação e troca de conhecimento.
Novas formas de propor ideias e serviços, tornar a
vida diária mais fácil ou implementação de software
e protótipos, que, especialmente na fase inicial, não
requerem grandes custos
5 Liu, C.-W. and
Cheng, J.-S.
Explorando forças motrizes da
inovação nas MPEs: O Caso do B &
B Indústria do Turismo Sustentável
2018 Colaboração interna, a orientação e capacitação de
funcionários, planejamento de carreira, prestação de
benefícios e remunerações. Essas inovações visam
reter funcionários, manter a flexibilidade, e controlar
os custos e também pode ser usado para melhorar a
satisfação no trabalho, fomentar o conhecimento
interno, e construir ativos competentes
A formação e seleção de funcionários internos para
produzir capital humano profissional também fornece
outra fonte de inovação.
Compreender sugestões de seus clientes e se
envolver em diálogos e partilha de opinião, que serve
como uma referência para os proprietários e
impulsiona a geração de novas ideias.
Conhecimento externo como outras fontes externas
de inovação. Aquisição de conhecimentos,
habilidades e conhecimentos através de
oportunidades externas.
6 Berrou, J.-P. and
Combarnous, F.
Além solidariedade e Acumulação
Networks nas economias africanas
informal urbano
2018 Redes sociais e relações pessoais inevitavelmente
desempenhar um papel importante na estruturação de
atividades econômicas, especialmente para micro e
pequenas empresas em economias informais.
Desenvolvimento de relações comerciais para apoiar
o desenvolvimento das organizações profissionais,
associações e comunidades de negócios, bem como
locais de intercâmbio entre empresários (como
praças, feiras ou programas de formação de
empreendedorismo e competições de negócios
locais).
7 Berenguer De
Vasconcelos,
R.B. and Gois De
Oliveira, M.R.
Determinantes da inovação em micro
e pequenas empresas: uma
abordagem de gestão
2018 Liderança como principal meio de inovação dentro
da microempresa.
8 Hallam, C.,
Dorantes
Dosamantes,
C.A. and Zanella,
G.
Efeitos de cultura e de rede o capital
social sobre a sobrevivência e o
desempenho do micro de alta
tecnologia e pequenas empresas
2018 Redes de empresas, capital social e cultura.
9 Vasconcelos, R.
and Oliveria, M.
Será que a inovação faz a diferença?
Uma análise do desempenho das
micro e pequenas empresas no setor
de foodservice
2018 A rede de negócios é fundamental para manter a
comunicação e troca de informações entre as
empresas, que simplificam a melhoria das iniciativas
de inovação (SCHIEFER; DEITERS, 2016).
10 Bohn, A.C.,
Gambirage, C.,
da Silva, J.C.,
Hein, N. and
Iargas, A.M.
Fatores que têm impacto sobre o
encerramento prematuro das
pequenas empresas: um estudo na
área costeira de Santa Catarina
2018 Conhecimento gerencial e a carga tributária inerente
ao negócio, considerados fatores essenciais e
elementares para a abertura de um negócio.
11 Colet, D.S. and
Mozzato, A.R.
Proposta para um quadro do
contributo da aprendizagem
interorganizacional para micro e
pequenas empresas
2018 Interações que ocorrem entre diferentes agentes em
espaços sociais de aprendizagem, tanto estruturados
(formais) quanto desestruturados (informal), o
conhecimento será compartilhado. Este processo
permite aquisição e criação de novos conhecimentos
que contribuem com a ocorrência de aprendizagem.
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SISTEMÁTICA DE LITERATURA
(conclusão)
Autor Título Ano Prática de GC
12 Melese, B. Desenvolvimento de pequenas
empresas como uma estratégia para
promover o empreendedorismo na
cidade de Bahir Dar, Etiópia
2018
Fóruns de discussão ocasionais são organizados com
membros da comunidade, especialmente
segmentação mulheres e grupos de jovens para trocar
ideias sobre a possibilidade de desenvolver atitude.
Tais sessões de criação de consciência reiteram que
trabalho árduo, criatividade, cooperação, parceria,
etc.
13 Araujo, J.G., da
Silva, L.V. and
de Paula Cardoso
da Silva, M.E.
As pequenas empresas e práticas de
gestão: contribuições de revistas
brasileiras
2018 Crescimento da produção, a presença de inovação
nos produtos, o tempo de atividade comercial e a
participação em cursos ou treinamentos apresentam
relação com o risco de sobrevivência das
organizações. Criação de redes tende a buscar maior
conhecimento e prática, e aquelas que existem em
função de expectativas estritamente pessoais dos
gestores apresentam comportamento distinto.
14 Invernizzi, A.C.,
Menozzi, A.,
Passarani, D.A.,
Patton, D. and
Viglia, G.
Excesso de confiança empresarial e
seu impacto sobre o desempenho
2017 Um possível fator que sustenta essa relação refere-se
ao papel que a educação desempenha na construção
de confiança empresarial para desenvolver
habilidades (KOELLINGER et al., 2007). Sistemas
de controle orçamentário e contabilidade.
15 McKenzie, D.
and Woodruff, C.
Práticas de negócios em empresas de
pequeno porte em países em
desenvolvimento
2017 Programas de treinamento intensivo que têm efeitos
maiores sobre práticas de negócios.
16 Malta, T.C.,
Machado, M.C.
and Fischer, A.L.
Gestão de Recursos Humanos em
micro e pequenas empresas:
direcionamentos do SEBRAE para
estimular o desenvolvimento de
políticas e práticas
2017 Capacitação técnica de recursos humanos, ainda que
estes sejam membros da família do proprietário-
dirigente. Nesses ambientes mantém-se algum
profissionalismo e abertura para inovação
organizacional proporcional a qualificação de seus
recursos humanos.
17 Menezes, C.RC.,
Olave, M.E.L.,
Práticas de Gestão do Conhecimento
em Micro e Pequenas Empresas de
Sergipe
2015 O estudo apresenta práticas de gestão do
conhecimento em micro e pequenas de Sergipe, os
principais resultados apresentam a participação em
treinamentos e monitoramento de mercado.
18 Coser, M.A.,
Carvalho,H.G.
Práticas de Gestão do Conhecimento
em empresas de software: grau de
contribuição ao processo de
especificação de requisitos.
2012 O objetivo do artigo foi identificar as práticas de
gestão do conhecimento para reter o conhecimento
técnico gerado em processo de especificação de
requisitos de software e memória organizacional.
19 Limas,C.E.A.,
Scandelari, L.
Gestão do Conhecimento em
pequenas empresas: um estudo de
caso de implantação de sistema KBS
em uma empresa produtora de
Software
2008 Artigo apresenta quais ações de gestão do
conhecimento são aplicadas em uma empresa de
software, dentre elas está a criação de uma memória
organizacional, troca de informações, trabalho
colaborativo.
20 Campos, A.C.B.,
Camfield, C. E.,
Godoy, L.P.,
Campos, L.C.A.,
Antonello, N.,
A importância da Gestão do
Conhecimento para micro e
pequenas empresas
2005 Treinamento de pessoal como prática de gestão do
conhecimento.
21 Mauro Célio
Araújo dos Reis,
Euza Pereira da
Silva
Liderança e gestão em pequenas
empresas: uma análise descritiva da
visão do colaborador
2017 Comportamento e estilo de liderança refletem
diretamente na percepção dos colaboradores sobre o
negócio ao qual estão vinculados. A depender do que
notam, estes colaboradores podem agir de formas
diferenciadas que vão desde o negligenciamento ou
simples colaboração com as atividades propostas, até
o completo comprometimento com o atingimento dos
objetivos organizacionais. Quanto mais o
colaborador percebe a organização estruturada e
agindo em benefício de ambos, mais este funcionário
irá retribuir para o crescimento do negócio.
Fonte: Elaborado pelos autores (2021).
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SISTEMÁTICA DE LITERATURA
No Quadro 1 é possível explorar diferentes práticas de gestão do conhecimento em
micro e pequenas empresas, bem como trechos retirados dos artigos para compor o resultado
do estudo.
Nota-se no Quadro 2 que as práticas de GC mais indicadas nos artigos analisados
foram: Treinamento, capacitação e qualificação; Redes de empresas de negócios ou de
relacionamentos; Softwares para controle de informações, registros e memória organizacional;
Ambiente colaborativo; Espaços de aprendizagem (formal e informal), fóruns de discussão e
Monitoramento do mercado. Práticas de GC que constam em artigos únicos, mas que não
deixam de ser representativos, são: Modelo canvas, Estilo de liderança, Start-ups, Programa
para retenção de colaboradores, Diálogo com clientes e Aquisição de conhecimento externo.
As redes sociais e relações pessoais inevitavelmente desempenham um papel
representativo, principalmente para o micro e pequeno empreendedor. Elas podem
proporcionar solidariedade e facilitar o acesso a uma gama de recursos úteis para os
empresários, tais como informações, ideias e conhecimento, sobre mercados, atividades e
habilidades financeiras e material de apoio, especialmente em tempos de crise (BERROU;
COMBARNOUS, 2012).
Quadro 2 – Principais práticas de GC em micro e pequenas empresas
Práticas identificadas Artigos
Treinamento, capacitação e qualificação 5, 10, 13, 14, 15, 16, 17 e 20
Redes de empresas, de negócios ou de relacionamentos 6, 8, 9 e 13
Softwares para controle de informações, registros e memória organizacional 3, 14, 18 e 19
Ambiente colaborativo 5 e 19
Espaços de aprendizagem (formal e informal), fóruns de discussão 11, 12
Monitoramento do Mercado 2 e 17
Modelo canvas 1
Estilo de liderança 7 e 21
Start-ups 4
Programa para retenção de colaboradores 5
Diálogo com clientes 5
Aquisição de conhecimento externo 5
Fonte: Elaborado pelos autores (2021).
O foco no conhecimento e na aprendizagem é relevante no debate sobre o efeito da
cultura nos resultados econômicos de micro e pequenas empresas, contudo uma
necessidade de enfatizar neste processo o papel das redes e estruturas externas
(MACKINNON et al., 2002). Ainda sobre as redes, embora existam fatores do ambiente
interno e externo das empresas que influenciam no seu desempenho interempresarial, existe o
capital social, que contribui significativamente para explicar o crescimento e desempenho das
empresas. Tal efeito da cultura sobre capital social estrutural afeta positivamente o trabalho
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em equipe e seus resultados, como a inovação, a criação de conhecimento e capital intelectual,
ademais, pode afetar a capacidade individual para criar, transferir, absorver e aplicar o
conhecimento (GALUNIC; RODAN, 1998; PHELPS et al., 2012; HALLAM; DORANTES;
ZANELLA, 2018).
A liderança é a habilidade de influenciar pessoas a executar tarefas para um bem
comum, garantido a interação na atividade proposta estabelecida de forma eficiente e eficaz
(REIS; SILVA, 2017). Reis e Silva (2017) evidenciam a liderança e gestão do conhecimento
em micro em pequenas, apresentando os diferentes tipos de liderança dentro de uma
organização, com destaque para a liderança transformacional. Os autores ressaltam que a
liderança transformacional é a que ouve as opiniões dos colaboradores, trabalha a motivação
pessoal e proporciona aos colaboradores a oportunidade de crescimento na organização.
Assinalam como resultado que o estilo transformacional é cada vez mais adotado em micro e
pequenas empresas, pois as instabilidades do mercado obrigam as empresas a adotarem uma
postura flexível.
Dentre as práticas de GC aliadas a liderança e a prática de treinamentos/cursos
constantes, foi identificada também a troca de conhecimento em reuniões e treinamentos que,
além de ser uma prática de GC amplia a rede e a clientela (MENEZES; OLAVE, 2015).
Corroborando com a pesquisa realizada E-Consulting (2014), em que as ferramentas como
fóruns e lista de discussões, foram apontadas como essenciais para a prática de GC (LIMAS;
SCANDELARI, 2008).
Outro fator importante para o desenvolvimento de gestão de conhecimento dentro de
micro e pequenas empresas encontradas nos artigos é o registro de informações, segundo
Cavalcanti, Neto e Almeida (2006), o registro de informações não é uma tarefa fácil para
pequenas empresas, por não ser uma prática comum em organizações desse porte, porém, uma
das melhores formas de se aumentar a memória organizacional é mediante o registro e
disseminação das lições aprendidas (LIMAS; SCANDELARI, 2008). Neste âmbito, o estudo
de caso, realizado por Menezes e Olave (2015) identificou a prática de se registrar as
informações úteis para os negócios e transformá-las em um conhecimento aplicado.
A prática de monitoração do mercado foi encontrada nos artigos Ramalho, Rita e Silva
(2018) e Menezes e Olave (2015) em que foi identificado que as empresas devem atender as
necessidades específicas dos grupos de consumidores, e para tal é necessário observar as
atividades dos concorrentes e analisar o ciclo de vida em que se encontra o produto. Nesse
contexto, Pimentel (2008) enfatiza que o monitoramento dos concorrentes pode ser realizado
por meio da observação de relatórios, propagandas, produtos e comentários e observações
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obtidas em feiras e outros eventos comerciais. Todos os entrevistados no estudo de caso de
Menezes e Olave (2016) sinalizaram que para monitorar o mercado costumam observar o
concorrente, fazer viagens e pesquisas na internet.
Nos artigos, Ramalho, Rita e Silva (2018), Invernizzi et al. (2007), Limas e Scandelari
(2008) e Campos (2005), foi identificada a prática memória organizacional, como uma das
principais práticas de CG, que pode ser descrita como um conjunto de conhecimentos que
preserva, armazena e disponibiliza tanto o aprendizado obtido quanto as percepções das
pessoas e suas experiências para além do momento que elas aconteceram (COSTA;
FUKUNAGA, 2017). A memória organizacional pode ser preservada por meio do registro de
informações e dados discutidos em reuniões, conforme Pimentel (2008).
As organizações baseadas no conhecimento devem ser capazes de integrar as práticas
orientadas para a exploração do conhecimento (criação) e exploração do conhecimento
(armazenamento, transferência e aplicação). Essas organizações devem também flexibilizar o
ambiente de CG (ROSING et al., 2011). Assim, identifica-se o estilo de liderança como uma
prática que influência a GC. Por exemplo, quando uma empresa exige criatividade e
experimentação para enfrentar cenários de mudança radical, um estilo de liderança
transformacional é provavelmente mais apropriado, enquanto que, em situações mais estáveis,
a liderança transacional pode ser mais adequada como o essencial para a eficiência (WANG;
AHMED, 2007). Neste sentido é importante destacar que a pesquisa empírica tem
implicações importantes para os gestores, e marca um progresso na pesquisa sobre os efeitos
de fatores organizacionais de mediação na relação entre GC e inovação (DONATE, 2015).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta do presente trabalho foi identificar as práticas de gestão de conhecimento
em micro e pequenas empresas com base na literatura na base de dados Web of Science, para
tanto foi realizada a revisão sistemática por meio da Methodi Ordinatio e inclusão manual de
artigos complementares, que possibilitou uma análise minuciosa de 21 artigos relevantes para
a pesquisa.
Conclui-se que as práticas de GC em micro e pequenas empresas mais evidenciadas na
literatura, foram: treinamento, capacitação e qualificação; redes de empresas, de negócios ou
de relacionamentos; softwares para controle de informações, registros e memória
organizacional; ambiente colaborativo; espaços de aprendizagem (formal e informal), fóruns
de discussão e monitoramento do mercado.
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Diante disto a pesquisa contribui para a orientação na gestão de micro e pequenas
empresas para que possam usufruir de tais práticas identificadas e contribui, também, para
esfera política, pois poderá servir como base para criação de políticas públicas voltadas para a
micro e pequena empresa no âmbito da gestão do conhecimento.
Para possíveis trabalhos futuros, sugere-se uma pesquisa com a análise de um número
maior de artigos para a leitura integral para confirmar as afirmações realizadas. Outra
proposta é realizar um corte temporal mais abrangente e relacionar com os resultados desta
pesquisa, a fim de verificar as principais mudanças históricas nas práticas de GC.
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