As transformações no segmento de investimentos no Brasil: em busca de diferentes estratégias e modelos de negócios<P>Transformations in the investment segment in Brazil: different strategies and business models

Autores

Palavras-chave:

Segmento de Investimentos, Modelos de Negócios, Estratégia Competitiva, Competitividade.

Resumo

Nas últimas duas décadas, o setor bancário em geral e, em especial, o segmento de investimentos têm experimentado mudanças a partir da forte influência tecnológica, regulatória e institucional em seus serviços e mercado. O objetivo deste artigo é analisar as mudanças ocorridas na dinâmica concorrencial no segmento de investimentos e comparar os diferentes modelos de negócios existentes a partir destas transformações. Com abordagem qualitativa, a pesquisa utilizou-se da revisão bibliográfica e documental, além de entrevistas com profissionais do segmento de investimentos, utilizando a análise de conteúdo como técnica para interpretação dos dados. Enquanto os bancos tradicionais possuem estruturas robustas e rotinas operacionais complexas com ampla base de clientes e funcionários sem especialização em produtos, os outros modelos crescem a partir de estratégias que aproveitam as lacunas do modelo de negócios dos bancos tradicionais como a especialização e uso intensivo de tecnologia de informação. Com contribuição, esta pesquisa colabora com a análise do papel das mudanças tecnológicas, regulatórias e institucionais na dinâmica concorrencial que impulsionaram o surgimento de outros modelos de negócios no segmento de investimentos. E sua relevância está presente não só na atualidade do tema como a consequente necessidade de pesquisas que ofereçam oportunidade de reflexão e ações diante do rápido movimento que vem ocorrendo no segmento, traduzido no surgimento de diferentes modelos de negócios e diferenciais competitivos.

Biografia do Autor

Mirela Goulart Cunha, Universidade Federal de Uberlândia

Mestre em Gestão Organizacional - Universidade Federal de Uberlândia

Janaína Maria Bueno, Professora do PPGGO - Mestrado Profissional em Gestão Organizacional

Pós-doutora em Administração - UFPR Doutora em Administração pela EAESP/FGV

Referências

ABFINTECH. O que são Fintechs? Disponível em: https://www.abfintechs.com.br/.

ANBIMA.<<https://www.anbima.com.br/pt_br/noticias/agenda-anbima-para-industria-de-gestao-de-recursos-responde-tendencias-internacionais.htm>>.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Bancos Brasileiros após a Resolução 1524, de 21.09.88. Disponível em: .

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Evolução do Sistema Financeiro Nacional, 2018. Disponívelem:<https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/legado?url=https:%2F%2Fwww.bcb.gov.br%2Fhtms%2Fdeorf%2Fr199812%2Ftexto.asp%3Fidpai%3Drevsfn199812>.

BARBOSA, R. R. Fintechs: A atuação das empresas de tecnologia de serviço financeiro no setor bancário e financeiro brasileiro. 2018.

BARRETO, L. S.; PEREIRA, V. S.; PENEDO, A. S. T. Impacto dos Investimentos em Tecnologia sobre a Rentabilidade do Setor Bancário Brasileiro. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, v. 13, n. 1, p. 28-41, 2021.

BONA, A. Como os bancos diferenciam o atendimento aos seus clientes. Disponível em: https://andrebona.com.br/como-os-bancos-diferenciam-o-atendimento-aos-seus-clientes/. 2012.

BONA, A. Tripé dos investimentos: liquidez, segurança e rentabilidade. Disponível em: https://andrebona.com.br/tripe-dos-investimentos-liquidez-seguranca-e-rentabilidade/. 2014.

BONA, A. Experiência do consumidor: como você pode inová-la? Disponível em: https://andrebona.com.br/experiencia-do-consumidor-como-voce-pode-inova-la/.

CAMARGO, P. O. A evolução recente do setor bancário no Brasil. São Paulo: UNESP, 2009.

DE PAULA, L. F.; MARQUES, M. B. L. Tendências recentes da consolidação bancária no Brasil. Análise Econômica, v. 24, n. 45, 2006.

DE PAULA, L. F.; OREIRO, J. L.; BASILIO, F. A. C. Estrutura do setor bancário e o ciclo recente de expansão do crédito: o papel dos bancos públicos federais. Nova Economia, v. 23, n. 3, p. 473-520, 2013.

EXAME. Corretoras digitais disputam investidores com bancos tradicionais. Disponível em: https://exame.com/seu-dinheiro/corretoras-digitais-disputam-investidores-com-bancos-tradicionais/.

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS - FEBRABAN. Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2018. São Paulo, 2018. Disponível em: <https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/Pesquisa-FEBRABAN-Tecnologia-Bancaria-2019.pdf.>.

FOLHA. Itaú fecha acordo para comprar participação na XP Investimentos. Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/05/1883307-itau-fecha-acordo-para-comprar-participacao-na-xp-investimentos.shtml>. Acesso em: 15 mar. 2020.

GOMES, F. Bancos ou corretoras independentes? Disponível em: https://saudemaisacao.com.br/blog/bancos-ou-corretoras-independente/. 2017.

GUEDINE, D. 4 Razões para ter uma assessoria de investimentos. 2017. Disponível em: <http://www.caminhoparariqueza.com.br/assessoria-deinvestimentos-aai-assessor/>.

HERNANDO, I.; NIETO, M. J. Is the internet delivery channel changing banks’ performance?: the case of spanish banks, Journal of Banking & Finance v. 31, pp. 1083–1099, 2007..

INFOJOBS. Gerente de Banco. 2018. Disponível em: <https://www.infojobs.com.br/artigos/Gerente_de_Banco__3174.aspx.

JARDIM, L. S.; CARRARO, N. C. Análise da empregabilidade no setor bancário brasileiro. Observatorio de la Economía Latinoamericana, 2019.

LARANGEIRA, S. M. G. Reestruturação produtiva no setor bancário: a realidade dos anos 90. Educação & Sociedade, v. 18, n. 61, p. 110-138, 1997.

MARTINS, B. S. Estrutura de mercado local e competição bancária: evidências no mercado de financiamento de veículos. In: BANCO CENTRAL DO BRASIL. Relatório de economia bancária e crédito 2011. Brasília: BACEN, 2011. Capítulo 6, p. 106-130.

MEIRELLES, F. Pesquisa Anual de Administração de Recursos de Informática. São Paulo: EAESP/FGV/Centro de Informática Aplicada, 2018.

MIKLOS, D; H. V, V.; LEE, G.; Bracing for seven critical changes as fintech matures. New York: McKinsey&Company Financial Services, 2016.

PIRES, P. J.; DA COSTA FILHO, B. A. O atendimento humano como suporte e incentivo ao uso do auto-atendimento em bancos. Revista da FAE, v. 4, n. 1, 2001.

PRAHALAD, C.; HAMEL, G. The core competencies of the firm. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79-91, 1990.

VALORINVESTE. Disponível em: <https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/bolsas-e-indices/noticia/2019/12/06/jovens-de-16-a-25-anos-ja-passam-de-10percent-na-bolsa-veja-quem-sao-eles.ghtml>.

VIEIRA, C. A. M.; GIRÃO, L. F. A. P. Diversificação das receitas e risco de insolvência dos bancos brasileiros. Revista de Contabilidade e Organizações, v. 10, n. 28, p. 3-17, 2016.

Downloads

Publicado

12-06-2023

Edição

Seção

Artigos