A interpretação de trocadilhos por sujeitos com a Doença de Alzheimer em estágio inicial
Palavras-chave:
Doença de Alzheimer. Interpretação de Trocadilhos. Sociocognição.Resumo
As estruturas linguísticas não significam, fornecem pistas rumo aos sentidos. A partir de suas experiências sociocomunicativas, o sujeito interpretante lança mão de mecanismos e estratégias mentais para reconstruir o que o sujeito comunicante tencionou expressar. O indivíduo busca alcançar a relevância em um insumo com o menor esforço e os maiores efeitos cognitivos possíveis, o que, contudo, muitas vezes não é atingido. O comprometimento cognitivo figura como uma das causas patológicas responsáveis pelas dificuldades para o alcance da relevância na comunicação. Pessoas acometidas pela Doença de Alzheimer (DA), que têm os déficits cognitivos como característica fundamental, sofrem declínios representativos no processamento da linguagem que, no estágio inicial da patologia, tem como principal característica os déficits pragmáticos. Assim, e considerando a representatividade da DA para a saúde pública, objetiva-se investigar, com base na Teoria da Relevância e Teoria da Integração Conceitual, os fatores linguísticos e sociocognitivos envolvidos na interpretação de dois trocadilhos por sujeitos diagnosticados com a DA em estágio inicial. Para tanto, foram formados dois grupos: i) Grupo clínico – composto por sujeitos diagnosticados com a DA em estágio inicial; ii) Grupo controle – formado por indivíduos sem identificação de alterações cognitivas. Em seguida, os sujeitos foram submetidos ao Protocolo de textos humorísticos. Verifica-se que, quando comparados, os sujeitos do grupo clínico apresentaram desempenho significativamente inferior ao do grupo controle, de forma que os indivíduos diagnosticados com a DA foram capazes de reconstruir totalmente o percurso humorístico de um trocadilho. Ademais, as tentativas interpretativas desses sujeitos são extremamente dependentes de pistas fornecidas durante os processos dialógicos. Acredita-se que um dos impedimentos para a interpretação dos trocadilhos pelos sujeitos com DA seja o déficit na memória de trabalho que dificulta a mobilização de espaços mentais durante a formulação de suposições.
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