Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues: o dinheiro como ferramenta de crítica à (i)moralidade

Autores

  • Flavio Pereira Senra Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Rafael Delgado Gomes Ottati Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Modernidade. Moral. Capitalismo

Resumo

A peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, de 1959, apresenta uma série de situações e personagens que, de forma explícita ou metafórica, desconstroem conceitos de moralidade vigentes na sociedade. Concomitante a essa proposta, há também a exposição crítica de valores e condutas consideradas imorais, o que, no final das contas, revela que, se por um lado a moralidade é um conjunto de valores esvaziados, por outro lado, a imoralidade não é uma alternativa aceitável ou uma via de libertação do homem. Este artigo explora tais elementos na obra citada, com a análise das atitudes dos personagens principais, a saber: o Boca de Ouro, Leleco e Celeste, usando, como base, o pensamento de Karl Marx, Walter Benjamin e Renato Nunes Bittencourt.

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Publicado

05-12-2014

Edição

Seção

Artigos