Águas da transposição do Rio São Francisco na Paraíba: esgotos e inviabilidades municipais
Palavras-chave:
Saneamento básico, Qualidade da água, Vulnerabilidade ambiental, Conservação, GeoprocessamentoResumo
A água doce de boa qualidade e quantidade é um recurso natural vital ao ser humano, contudo, sua poluição é causada em grande parte pelas ações antrópicas sobre o ambiente e correspondem às alterações das propriedades físicas, químicas ou biológicas dos elementos naturais, implicando em prejuízos à saúde humana, à sociedade e aos recursos naturais renováveis. Desse modo investigações em torno das condições naturais de rios e reservatórios e das políticas públicas consistentes, possibilita o combate à falta de água e o tratamento desta, permitem melhoria das condições gerais da população, sua distribuição e forma de organização social do espaço. Dessa forma, essa pesquisa objetivou identificar e mapear os munícipios abrangidos pelo Rio Paraíba no trecho Monteiro-Boqueirão–PB, analisando-os a partir de dados de saneamento ambiental no trecho perenizado pela transposição do Rio São Francisco. Analisaram-se onze municípios no alto curso do Rio Paraíba-PB que foram perenizados com a transposição do Rio São Francisco. Em todo trecho analisado foi perceptível o uso do solo é majoritariamente destinado à agricultura e pecuária, facilitado pouca cobertura do solo por vegetação nativa, onde a lixiviação e erosão do solo ocasionam assoreamento e eutrofização do corpo hídrico, além do desenvolvimento de cianobactérias. Dos municípios estudados observa-se que 64% estão abaixo da média com relação ao abastecimento de água tratada; 72% destes também se encontram abaixo da média com relação ao esgotamento sanitário o que traz para a população a diminuição de água potável para consumo, poluição do corpo hídrico e consequentemente a má qualidade das águas deste, tudo isto coloca em risco a saúde da população local devido a maior possibilidade de contaminação por doenças de veiculação hídrica.Referências
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