Campo, Educação do Campo e Educação Ambiental: superando a visão fetichizada<p>Countryside, Field and Environmental Education: overcoming the fetishized view
Palavras-chave:
Sociedade, Currículo, Legislação, Capitalismo.Resumo
O entendimento acerca da Educação Ambiental no Campo exige, obrigatoriamente, um aprofundamento sobre as contradições produzidas pelas relações de produção no campo, bem como dos movimentos educacionais nele presentes. Percebemos que, em alguns eventos, a discussão acerca da Educação Ambiental é feita de forma unilateral, excluindo a materialidade dos problemas envolvidos, permanecendo, portanto, na superficialidade das questões e na culpabilização individual. O objetivo, neste artigo, é problematizar as concepções de sociedade e de Educação Ambiental presentes em trabalhos apresentados no XV EPEA, no eixo Educação Ambiental no Campo. Para isso, dividimos as discussões em quatro blocos: no primeiro, explicitamos o impacto do processo capitalista no campo; em seguida, apresentamos a trajetória do grande movimento nacional por uma Educação do Campo, na perspectiva da classe trabalhadora; na terceira parte, apresentamos o movimento e a produção do aparato legal da Educação Ambiental; e, para finalizar, a partir dessas três questões, apresentamos as análises dos referidos trabalhos. A pesquisa foi realizada por meio de análise bibliográfica, incluindo dezessete trabalhos apresentados no evento/eixo já citados. Há enormes desafios para os educadores que atuam na Educação Ambiental: de ruptura, de busca pelo conhecimento na perspectiva da totalidade, de (re)avaliação de concepções, de mudança de táticas e de raticação de projeto estratégico. Entendemos, portanto, que para que a Educação Ambiental aconteça, numa perspectiva crítica, a formação intelectual, política e engajamento social devem ser considerados como elementos inseparáveis.
Abstract
The understanding about the environmental education in the field necessarily demands a deepening of the contradictions produced by the relations of the field production, as well as educational movements present in it. We realize that, in some events, the discussion about environmental education is made unilaterally, excluding the materiality of the involved issues, remaining thus, in the issues' superficialit y and individual culpabilisation. The purpose of this article is to discuss the society's conceptions and environmental education present in papers, proffered at the XV EPEA, the Environmental Education axis in the eld. For this, we divide the discussion into four blocks: the first, made explicit the impact of the capitalist process in the field; then we present the trajectory of the great national movement for Rural Education from the perspective of the working class; in the third part, we present the motion and the production of the environmental education's legal apparatus and, finally, from these three issues, we present the analysis of the referred works. The survey was conducted through bibliographic analysis, including seventeen papers presented at the event/axis already mentioned. There are huge challenges to educators who propose themselves to environmental education: of rupturing, of pursuing the knowledge from the perspective of totality, of (re) evaluations of the conceptions, of tactic changes and ratification of strategic project. We understand that for it to happen, in a critical perspective, the intellectual formation, the political and social engagement must be considered as inseparable elements.
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